O senador Aécio Neves,
pré-candidato do PSDB à Presidência da República, rebateu as críticas da base
aliada sobre o "uso político" da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Petrobras. O tucano disse que a iniciativa dos aliados do governo de
instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a
suposta formação de cartel no Metrô de São Paulo acontece de forma tardia.
Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), Aécio foi o único senador
da oposição a assinar o requerimento de criação da CPMI do Metrô paulista, que
deve ser protocolada ainda hoje. Para o tucano, os governistas têm maioria
no Congresso e já poderiam ter pedido a CPMI do Metrô de São Paulo antes.
"(A base aliada) tem toda legitimidade para fazê-lo (pedir a CPMI do
Metrô). Lamento até que venha com enorme atraso. Se essas denúncias que estão
aí há anos circulando incomodassem realmente o PT, já poderia ter feito
isso", comentou. Aos jornalistas, o presidenciável disse ser favorável a
qualquer investigação. "Vamos investigar tudo, ninguém tem que ter medo de
nada", enfatizou. O líder do governo no Senado, Eduardo Braga
(PMDB-AM), acusou a oposição de buscar "palco" para fazer acusações
políticas durante as eleições. "O governo resistiu todo o tempo para fazer
isso (CPMI do Metrô), mas já que a oposição quer fazer palanque político para
discutir possíveis desvios de recursos publico, por que não discutir os desvios
que aconteceram ou possivelmente tenha acontecido seja no Metrô de São Paulo,
seja na Abreu e Lima, seja em recursos da Petrobras repassados para governos
estaduais?", afirmou Braga. Costa fez coro ao discurso do líder do
governo e lembrou que o pedido de instalação da CPMI do Metrô será apresentado
tão logo os deputados concluam a conferência de assinaturas, o que pode
acontecer ainda hoje. "Se é justo investigar a Petrobras a partir
Congresso, é justo investigar também outros casos onde há suspeitas de eventual
mau uso de recursos públicos", defendeu.
Fonte:BN
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