Um contrato entre a
Petrobras e a construtora Odebrecht, firmado em 2010, teria sido aprovado após
um acordo de doações equivalentes a R$ 17,7 milhões para a campanha da
presidente Dilma Rousseff, segundo reportagem publicada nesta semana na revista
Época. O contrato em questão teria valor de US$ 826 milhões (R$ 1,8 bilhão),
referente a serviços de segurança, meio ambiente e saúde nas unidades da
Petrobras do Brasil e do exterior.
O lobista João Augusto Henriques informou à
Época que as negociações começaram em 2009, um ano antes do período eleitoral,
com o tesoureiro “informal” do PT, João Vaccari. Ainda de acordo com a
reportagem, o PMDB é implicado no acordo, com a responsabilidade de “enterrar”
a CPI da Petrobras que ocorria no senado, sob relatoria do senador Romero Jucá.
Em troca, a estatal fecharia o contrato. A Época ainda relata que em 2012, antes
da posse da atual presidente da Petrobras, Graça Foster, auditores verificaram
irregularidades no contrato e estabeleceram que este deveria ser
rescindido. Depois disso, Foster e sua
equipe pretendiam cancelar o contrato, o que não ocorreu. De acordo com a
revista, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, procurou a gestora para
impedir a anulação do contrato, que foi reduzido em janeiro do ano passado para
R$ 480 milhões. Em nota oficial, a Odebrecht negou "veementemente a
existência de qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobras,
conquistados legitimamente por meio de concorrências pública" e que
"desconhece questionamentos feitos em auditoria interna da Petrobras e as
conclusões dessa mesma auditoria". Quanto à redução do valor do contrato,
a construtora afirma que o motivo “foi única e exclusivamente consequência da
diminuição do escopo deste contrato. Em decorrência do plano de
desinvestimentos da Petrobras no exterior, a prestação dos serviços elencados
no contrato, originalmente prevista para ocorrer em nove países, foi reduzida
para quatro".
Fonte:BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário