Os donos da JBS,
Joesley Batista e o seu irmão Wesley entregaram ao ministro do STF, Edson Fachin, a gravação de
um diálogo do presidente Michel Temer. Nele, Temer indica o deputado Rodrigo
Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que
controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala
com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que
estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão
para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que
manter isso, viu?".
Outro que aparece
pedindo R$ 2 milhões a Joesley é Aécio Neves. O dinheiro foi entregue a um
primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia
Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram
depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).
De acordo Joesley,
Guido Mantega era o seu contato com o PT. O ex-ministro da Fazenda de Lula e
Dilma Rousseff era responsável pela
propina que era negociada para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega
também operava os interesses da JBS no BNDES.
Joesley revelou também
que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um
saldo de propina que o peemedebista tinha com ele.
A delação ainda deve
ser homologada por Fachin.
Bocaõ News
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