No caso de Negromonte Júnior,
além das acusações de corrupção passiva e ocultação de bens, ele também é
acusado de embaraço à investigação
A PGR (Procuradoria
Geral da República) denunciou nesta quarta-feira (30) ao Supremo Tribunal
Federal, na Operação Lava Jato, um grupo de sete políticos do PP por corrupção
e ocultação de bens, sendo cinco atuais deputados federais e dois ex-deputados.
É a primeira denúncia
da Lava Jato que abarca um número tão grande de parlamentares, todos ligados ao
PP, legenda que recebia propina da diretoria de Abastecimento da Petrobras, de
acordo com as investigações e delações premiadas.
Neste caso, ocorre em
um momento no qual o PP negocia com a presidente Dilma Rousseff um aumento na
sua participação no governo, em uma tentativa de evitar o impeachment.
Os denunciados foram os
deputados Arthur Lira (PP-AL), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Luiz Fernando
Faria (PP-MG), José Otávio Germano (PP-RS) e Roberto Britto (PP-BA), além dos
ex-deputados Mário Negromonte (ex-PP-BA, também ex-ministro das Cidades) e João
Alberto Pizzolatti (PP-SC).
Todos eram investigados
sob suspeita de terem sido beneficiados com recursos desviados da Petrobras e,
publicamente, já negaram essas acusações. A denúncia está sob sigilo.
No caso de Negromonte
Júnior, além das acusações de corrupção passiva e ocultação de bens, ele também
é acusado de embaraço à investigação, por depoimentos que apontaram ameaças ao
ex-deputado do PP Luiz Argôlo para que não fizesse delação premiada.
Em relação a Arthur
Lira, é a segunda denúncia dele na Lava Jato. Ele já foi denunciado juntamente
ao seu pai, senador Benedito de Lira (PP-AL), sob suspeita de se beneficiar de
repasses ilícitos da UTC relacionados às obras da Petrobras, além de ter sido
flagrado em visitas ao escritório do doleiro Alberto Youssef em São Paulo para,
segundo a PGR, buscar dinheiro.
Na semana passada, a
Polícia Federal finalizou inquérito sobre o ex-deputado e outros investigados
na Lava Jato e indicou que eles praticaram crimes de corrupção passiva, de
dinheiro e formação de quadrilha.
De acordo com a Polícia
Federal, a conclusão baseou-se no resultado de buscas e apreensões em imóveis,
relatórios de inteligência, depoimentos e provas documentais.
Essa é a oitava
denúncia da Lava Jato no Supremo. Até agora, são 27 pessoas denunciadas.
Chicosabetudo/Beira Rio Noticias
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