terça-feira, maio 17, 2011

INFESLIMENTE- USINA NUCLEAR SERÁ IMPLANTADA EM PERNAMBUCO, SERÁ INSTALADA NOS MUNICIPIOS DE BELÉM DO SÃO FRANCISCO E ITACURUBA.


De acordo com as informações, o governo federal já se definiu quanto à localização de uma das duas usinas nucleares a serem construídas no Nordeste. Ele ficará na região de Belém do São Francisco, mais precisamente no município de Itacuruba, distante 470 quilômetros do Recife. Ainda segundo o noticiário, a decisão foi comunicada pessoalmente pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão ao governador pernambucano, Eduardo Campos, em Brasília. A definição acaba com uma disputa política acirrada entre o governador de Pernambuco e seu colega, governador da Bahia, Jacques Wagner, que mesmo sendo do PT, partido da presidente Dilma, não levou a usina, que significa investimentos de R$ 10 bilhões.

Lobão teria dito a Eduardo que o anúncio oficial do empreendimento será realizado só no mês que vem e dever ser realizado pela própria presidente.

Ainda segundo o ministro, não só foi definida a localização, como também alguns detalhes técnicos importantes para que a usina nuclear sai do papel. Ela terá, por exemplo, 6 reatores com capacidade de produzir 6.600 megawatts. E por ser um investimento de longo prazo, a compra do terreno que vai abrigar a usina só será concluído em 2012. Pelos cálculos do governo, todas as licenças ambientais serão concedidas até 2013 e, com isso, o início da obra, propriamente dito, só ocorrerá em 2015. Serão cinco anos de construção e a primeira usina nuclear do Nordeste só deve mesmo entrar em operação em março de 2020.

O projeto está nas mãos da Eletronuclear, mas o governo aguarda com ansiedade a aprovação pelo Congresso Nacional de uma emenda constitucional que permite a participação da iniciativa privada na operação de usinas nucleares. O empreendimento em Pernambuco deve ser beneficiado com a aprovação.

E com a definição de uma das usinas, as atenções agora se voltam para a outra que continua com localização indefinida.

Se ante a disputa era de quatro estados por duas usinas, agora a corrida se torna ainda mais acirrada, particularmente, para Alagoas. O Estado disputa com Sergipe e Bahia o outro megaempreendimento.

E vale lembrar que os dois outros concorrentes são controlados pelo Partido dos Trabalhadores. O que venceu agora está nas mãos de um aliado de primeiríssima mão, fiel escudeiro do ex-presidente Lula e do governo Dilma.

E a lógica aponta que Jacques Wagner não ficará de braços cruzados diante da “derrota”.

Ainda há tempo para Alagoas agir no campo da política, embora, tecnicamente, dirigentes da Eletronuclear tenham dito que o Estado atende diversos pré-requisitos necessários para a instalação de uma usina nuclear, tendo água em abundância como o principal. Mas, como a política no Brasil fala mais alto e Alagoas estando nas mãos de um tucano, portanto, da oposição, não se deve estranhar se o anúncio de junho contrariar aqueles que já sonham com tamanho volume de recursos sendo aplicados em terras alagoanas.


Fonte:O Jornal Alagoas/Marco Aurélio Mello

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