Os
médicos espanhóis garantem que não serão a solução para os problemas da saúde
no Brasil e temem que, por pressão política, o governo acelere medidas para
atrair profissionais como uma meta “mais direcionada às eleições do que para
resolver a questão da saúde no País”. Quem faz o alerta é o Conselho Geral do
Colégio de Médicos da Espanha, que nesta semana negocia os termos de um acordo
com o governo brasileiro e, amanhã em Madri, apresentará ao ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, as condições que exigem para que a oferta de trabalho do
Brasil seja considerada. O grupo não descarta o interesse. Mas quer certas
garantias. A principal é que as condições de infraestrutura dos hospitais para
onde esses médicos serão levados sejam informadas com detalhes, com o número de
leitos, quantidade de funcionários, recursos e acesso a remédios. “Não queremos
ser enganados”, disse ao Estado o médico Fernando Rivas, responsável do
conselho pelas negociações com o Brasil. Pelo projeto brasileiro, os médicos
estrangeiros não precisariam passar por exames. Mas teriam contratos limitados
a alguns anos e teriam de escolher entre seis cidades oferecidas pelo governo,
todas no interior ou em regiões pobres.
Fonte: Politica Livre/Jamil Chade, correspondente, Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário