A convenção que
homologou nesta quarta-feira, 18, a chapa de Paulo Souto (DEM), candidato ao
governo, Joaci Góes (PSDB), vice, e Geddel Vieira Lima (PMDB), ao Senado, foi
uma celebração antipetista, reunindo cerca de duas mil pessoas da capital e
interior numa casa de eventos de Salvador.
A chapa oposicionista
construiu uma coligação com 17 partidos. O 18º partido, que seria o PSC,
deve ser anunciado hoje - na eleição de 2012, o prefeito ACM Neto (DEM)
reuniu cinco siglas.
Acenos para o interior
Todos os oradores
criticaram a gestão do governador Jaques Wagner e da presidente Dilma
Rousseff. Neto fez um discurso contundente, sepultando a lua de mel com o
governador. Pediu que os eleitores do interior reajam da mesma forma que,
segundo ele, os votantes de Salvador fizeram quando ele foi eleito
prefeito.
"Enfrentei muitos
poderosos. Tentaram fazer o discurso da chantagem e do medo, que a cidade não
poderia ser governada por um prefeito que não fosse aliado da presidente da
república. Mas o povo não se deixou intimidar", disse. "Vamos
enfrentar os poderosos e as máquinas que serão usadas, o dinheiro que vai surgir
e o discurso intimidatório que será trazido para a Bahia", afirmou.
O peemedebista Geddel
Vieira Lima adotou refrão católico, dizendo "minha culpa, minha
culpa, minha máxima culpa" pelo fato de ter, na eleição de 2006 para o
governo do estado, apoiado Wagner. "Se arrependimento matasse, não estaria
aqui falando com vocês", discursou, criticando a gestão de áreas como
segurança, saúde e educação.
Geddel apontou
supostas promessas não realizadas pelo governador. "Cadê a fábrica da JAC
Motors? E o Porto Sul, que não saiu do papel?".
Ex-ministro da
Integração Nacional na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
Geddel elogiou o petista, por ter dado "contribuições fundamentais para o
país", mas disse que ele errou ao "inventar" uma liderança como
a presidente Dilma, que estaria deixando escapar as conquistas devido à alta
inflação, ao baixo crescimento e ao aumento do desemprego.
Fonte: Atarde
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