quinta-feira, julho 17, 2014

BISPO DON GUIDO VISITA MACURURE FAZ CRITICA AOS POLÍTICOS E VEM A CHORROCHO NOS PRÓXIMOS DIAS

Em visita pastoral, com uma missão de oito dias em Macururé-BA, o Bispo Diocesano Don Guido já percorreu o município, visitando escolas, hospital e residências, a fim de conhecer as maiores necessidade  do povo.

no último dia 15, ele celebrou uma missa que contou com a participação de vários padres e de membros da igreja católica de toda a região. Nessa missa, D. Guido ao falar das visitas feitas no município, disse que ficou feliz ao visitar hospital e não encontrar nenhum  doente em nenhuma das  salas. Só depois lhe explicaram que a ausência de doentes era por de médico. Então, ele pediu para que todos rezassem para resolver essa situação.


A direção deste blog foi até Macururé e entrevistou o Bispo.



Marcos Oliveira: Qual é o objetivo dessa missão de oito dias percorrendo o município macurureense?
D. Guido:  Em primeiro lugar, o Bispo tem o dever de visitar todas as paróquias a cada cinco anos com uma visita pastoral. Já visitei todas,  ou na celebração da crisma ou nas festas dos padroeiros, mas agora aqui em Macururé iniciei mesmo uma visita pastoral que se iniciou no  domingo passado (13) e vai até o próximo domingo (20). Vou fazer missão em todas as paróquias até  2016, com a celebração dos 45 anos da nossa diocese.

Marcos Oliveira: O senhor tem visitado todos os povoados desse município?
Don Guido: Sim. Já fui a alguns e irei a todos entre quarta e sábado. Está sendo uma experiência superbonita, pois o acolhimento é muito forte.  O povo demostra todo entusiasmo e eu agradeço a Deus e ao povo e ao pároco local, o Pe. José Raimundo, por ter organizado muito bem essa visita. Hoje, por exemplo, já fomos visitar colégios. Na semana passada, visitamos a Câmara de Vereadores,  a prefeita. E queremos visitar também todos os lugares onde a Igreja quer se fazer presente para dar esperanças e para aliviar onde for possível o sofrimento do nosso povo.

Marcos Oliveira: Pelo  que o senhor observou aqui no município,  como o senhor vê o trabalho da Prefeita Silma Eliane?
Don Guido:  Eu não posso entrar no mérito porque estou vivendo apenas uns dias e  não conheço toda a realidade da prefeitura. Então, o que eu vi  já falei com a Prefeita e com os vereadores. Segundo o povo, tem uns grandes problemas aqui com  a questão da água , da segurança, da saúde, da falta de médicos. Eu acredito que a prefeita está fazendo o que é possível e nós nos colocamos à disposição até como Diocese para poder dar mais força para chegar até o Governo Estadual ou Federal para conseguir as verbas necessárias para o bem comum. O bispo, o pároco, a Igreja não apoiam partido nenhum. Por isso que queremos apresentar projetos que sejam assinados pela situação e também  pela oposição visando o bem comum.

Marcos Oliveira: De que forma o senhor, junto com a Diocese, aconselha o eleitorado a escolher seus gestores aqui na nossa região?
Don Guido: Uma das coisas que eu estou frisando muito é que, infelizmente,  no interior, também em Macururé, e no Nordeste, a política  é sempre um momento muito forte até porque é através da política que muitos conseguem trabalhos aqui nesses lugares onde não tem trabalho. Então, o que  acontece é, que muitas vezes, a politica partidária  cria divisões  ao invés de unir o povo. O que eu procuro incentivar nas comunidades é superar essas divisões para procurarmos projetos que sejam projetos para o bem comum e para que, quem está no poder, não fique favorecendo ou desfavorecendo as pessoas que votaram ou não votaram no prefeito ou prefeita. A prefeita Silma Eliane me disse que está procurando superar essa visão de que o beneficiado só é aquele que votou na situação para poder atender a todas as pessoa. É possível favorecer o bem comum de todos.

Marcos Oliveira: como o Senhor ver o povo católico  aqui do municipio de Macururé?
D. Guido: Muito bem, muito fervoroso, muito dedicado. A presença também do padre José Raimundo está dando muito entusiasmo nas pessoas porque ele é um padre jovem e, ao mesmo tempo, carrega também a experiência e a clareza daquilo que são os objetivos da Igreja. Eu agradeço ao padre porque está me acolhendo com grande amizade. Não só porque sou Bispo mais por ser uma amizade sincera,  procuramos nos ajudar para responder a exigências que estamos encontrando.

Marcos Oliveira: Depois de Macururé, qual o próximo município a ser visitado?
D. Guiodo: Chorrochó. Vai iniciar no dia 12 de outubro e vai até o dia 19 de outubro de 2014. Depois, em novembro, Rodelas e, no finalzinho de janeiro, Abaré. Até o início de fevereiro vou terminar de visitar todas as paroquias desta região,

Marcos Oliveira: A copa do mundo terminou ontem. O senhor foi a favor da copa no Brasil e como o senhor a viu?
D. Guido: uma Pergunta um pouco difícil e polêmica. Eu acredito que o Brasil ainda não estava preparado para acolher uma copa  por causa dos gastos que foram feitos. E nós temos provas disso porque durante esse último ano praticamente ficaram paradas muitas verbas que era destinadas à educação e à saúde, justamente porque muitas coisas foram aplicadas na questão da copa. E agora que termina, ainda mais com a derrota triste do Brasil, além da tristeza pela seleção, fica a tristeza de não ver realizados os sonhos de muitos que era mais saúde, mais educação, mais segurança, então eu acredito que, se o Brasil tivesse esperado mais um pouco para acolher a copa, seria melhor para todos,

Marcos Oliveira: o Papa é Argentino. Na final da copa, o Bispo torceu para Argentina ou Alemanha?
D. Guido: Eita que pergunta... (risos). No coração era mesmo Alemanha. Não por questão de uma nação e, sim, por uma questão de jogo. Eu acredito que uma das lições que a copa nos traz é a seguinte: não é suficiente ter um craque na seleção. A Alemanha não tinha só uma pessoa que se destacava, foi um conjunto, e assim é na vida. Precisamos de todos para   superar as dificuldades, por isso que eu insisto: o padre na comunidade é importantíssimo, mas se não tem o apoio dos outros não vai pra frente. Também os outros sem o padre não podem caminhar. Então a unidade é uma questão de convivência cotidiana, na família, nas pessoas. Eu estava torcendo para Alemanha porque a Itália se foi... (risos)... e também por conta do comportamento da Alemanha   no sul da Bahia. Eles deixavam a porta dos quartos abertas, visitavam os índios e deram um grande testemunhos de cidadania. Então, além de conquistar a Copa do Futebol, a Alemanha conquistou a Copa da Cidadania.

www.chorrochoonline.com
Fonte:Blog Velho Chico - Marcos Oliveira



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