Em visita pastoral, com
uma missão de oito dias em Macururé-BA, o Bispo Diocesano Don Guido já
percorreu o município, visitando escolas, hospital e residências, a fim de
conhecer as maiores necessidade do povo.
no último dia 15, ele celebrou
uma missa que contou com a participação de vários padres e de membros da igreja
católica de toda a região. Nessa missa, D. Guido ao falar das visitas feitas no
município, disse que ficou feliz ao visitar hospital e não encontrar
nenhum doente em nenhuma das salas. Só depois lhe explicaram que a
ausência de doentes era por de médico. Então, ele pediu para que todos rezassem
para resolver essa situação.
A direção deste blog
foi até Macururé e entrevistou o Bispo.
Marcos Oliveira: Qual é
o objetivo dessa missão de oito dias percorrendo o município macurureense?
D. Guido: Em primeiro lugar, o Bispo tem o dever de
visitar todas as paróquias a cada cinco anos com uma visita pastoral. Já
visitei todas, ou na celebração da
crisma ou nas festas dos padroeiros, mas agora aqui em Macururé iniciei mesmo
uma visita pastoral que se iniciou no
domingo passado (13) e vai até o próximo domingo (20). Vou fazer missão
em todas as paróquias até 2016, com a celebração
dos 45 anos da nossa diocese.
Marcos Oliveira: O
senhor tem visitado todos os povoados desse município?
Don Guido: Sim. Já fui
a alguns e irei a todos entre quarta e sábado. Está sendo uma experiência
superbonita, pois o acolhimento é muito forte.
O povo demostra todo entusiasmo e eu agradeço a Deus e ao povo e ao pároco
local, o Pe. José Raimundo, por ter organizado muito bem essa visita. Hoje, por
exemplo, já fomos visitar colégios. Na semana passada, visitamos a Câmara de
Vereadores, a prefeita. E queremos
visitar também todos os lugares onde a Igreja quer se fazer presente para dar
esperanças e para aliviar onde for possível o sofrimento do nosso povo.
Marcos Oliveira:
Pelo que o senhor observou aqui no
município, como o senhor vê o trabalho
da Prefeita Silma Eliane?
Don Guido: Eu não posso entrar no mérito porque estou
vivendo apenas uns dias e não conheço
toda a realidade da prefeitura. Então, o que eu vi já falei com a Prefeita e com os vereadores.
Segundo o povo, tem uns grandes problemas aqui com a questão da água , da segurança, da saúde,
da falta de médicos. Eu acredito que a prefeita está fazendo o que é possível e
nós nos colocamos à disposição até como Diocese para poder dar mais força para
chegar até o Governo Estadual ou Federal para conseguir as verbas necessárias
para o bem comum. O bispo, o pároco, a Igreja não apoiam partido nenhum. Por
isso que queremos apresentar projetos que sejam assinados pela situação e
também pela oposição visando o bem
comum.
Marcos Oliveira: De que
forma o senhor, junto com a Diocese, aconselha o eleitorado a escolher seus
gestores aqui na nossa região?
Don Guido: Uma das
coisas que eu estou frisando muito é que, infelizmente, no interior, também em Macururé, e no
Nordeste, a política é sempre um momento
muito forte até porque é através da política que muitos conseguem trabalhos
aqui nesses lugares onde não tem trabalho. Então, o que acontece é, que muitas vezes, a politica
partidária cria divisões ao invés de unir o povo. O que eu procuro
incentivar nas comunidades é superar essas divisões para procurarmos projetos
que sejam projetos para o bem comum e para que, quem está no poder, não fique
favorecendo ou desfavorecendo as pessoas que votaram ou não votaram no prefeito
ou prefeita. A prefeita Silma Eliane me disse que está procurando superar essa
visão de que o beneficiado só é aquele que votou na situação para poder atender
a todas as pessoa. É possível favorecer o bem comum de todos.
Marcos Oliveira: como o
Senhor ver o povo católico aqui do
municipio de Macururé?
D. Guido: Muito bem,
muito fervoroso, muito dedicado. A presença também do padre José Raimundo está
dando muito entusiasmo nas pessoas porque ele é um padre jovem e, ao mesmo
tempo, carrega também a experiência e a clareza daquilo que são os objetivos da
Igreja. Eu agradeço ao padre porque está me acolhendo com grande amizade. Não
só porque sou Bispo mais por ser uma amizade sincera, procuramos nos ajudar para responder a
exigências que estamos encontrando.
Marcos Oliveira: Depois
de Macururé, qual o próximo município a ser visitado?
D. Guiodo: Chorrochó.
Vai iniciar no dia 12 de outubro e vai até o dia 19 de outubro de 2014. Depois,
em novembro, Rodelas e, no finalzinho de janeiro, Abaré. Até o início de
fevereiro vou terminar de visitar todas as paroquias desta região,
Marcos Oliveira: A copa
do mundo terminou ontem. O senhor foi a favor da copa no Brasil e como o senhor
a viu?
D. Guido: uma Pergunta
um pouco difícil e polêmica. Eu acredito que o Brasil ainda não estava
preparado para acolher uma copa por
causa dos gastos que foram feitos. E nós temos provas disso porque durante esse
último ano praticamente ficaram paradas muitas verbas que era destinadas à
educação e à saúde, justamente porque muitas coisas foram aplicadas na questão
da copa. E agora que termina, ainda mais com a derrota triste do Brasil, além
da tristeza pela seleção, fica a tristeza de não ver realizados os sonhos de
muitos que era mais saúde, mais educação, mais segurança, então eu acredito
que, se o Brasil tivesse esperado mais um pouco para acolher a copa, seria
melhor para todos,
Marcos Oliveira: o Papa
é Argentino. Na final da copa, o Bispo torceu para Argentina ou Alemanha?
D. Guido: Eita que
pergunta... (risos). No coração era mesmo Alemanha. Não por questão de uma
nação e, sim, por uma questão de jogo. Eu acredito que uma das lições que a
copa nos traz é a seguinte: não é suficiente ter um craque na seleção. A
Alemanha não tinha só uma pessoa que se destacava, foi um conjunto, e assim é
na vida. Precisamos de todos para
superar as dificuldades, por isso que eu insisto: o padre na comunidade
é importantíssimo, mas se não tem o apoio dos outros não vai pra frente. Também
os outros sem o padre não podem caminhar. Então a unidade é uma questão de
convivência cotidiana, na família, nas pessoas. Eu estava torcendo para
Alemanha porque a Itália se foi... (risos)... e também por conta do
comportamento da Alemanha no sul da
Bahia. Eles deixavam a porta dos quartos abertas, visitavam os índios e deram
um grande testemunhos de cidadania. Então, além de conquistar a Copa do
Futebol, a Alemanha conquistou a Copa da Cidadania.
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Fonte:Blog Velho Chico
- Marcos Oliveira
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