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O Tribunal de Contas da
União adiou nesta quarta-feira, (17), seu parecer sobre as contas do governo em
2014 numa decisão inédita. Irregularidades incluem a prática das 'pedaladas
fiscais', desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal e repasses para o
programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Saibam quais são os 13 pontos que
Dilma terá de explicar ao TCU:
1. Não registrar na
dívida pública os passivos gerados pelos atrasos nos repasses do Tesouro a
bancos e autarquias, prática chamada de "pedalada fiscal";
2. Infringir a Lei de
Responsabilidade Fiscal por conta das "pedaladas";
3. Adiantamentos
ilegais concedidos pelo FGTS à União para cobertura de despesas no âmbito do
Programa Minha Casa Minha Vida nos exercícios de 2010 a 2014;
4. Adiantamentos
ilegais concedidos pelo BNDES à União para cobertura de despesas do Programa de
Sustentação do Investimento (PSI);
5. Não incluir o
"rol de prioridades" e metas no projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias 2014;
6. A união pagar suas
dívidas com o FGTS sem a devida autorização orçamentária;
7. Extrapolar o
montante de recursos aprovados, no Orçamento de Investimento, por 8 empresas
estatais;
8. Executar despesas
sem suficiente dotação no Orçamento de Investimento pelas empresas Araucária
Nitrogenados S.A., Energética Camaçari Muricy e Transmissora Sul Litorânea de
Energia S.A., em desacordo com o disposto no inciso II do art. 167 da
Constituição Federal;
9. Não contingenciar
despesas discricionárias (não obrigatórias) da União no montante de pelo menos
R$ 28,54 bilhões, quando da edição do Decreto 8.367/2014;
10. Usar a execução
orçamentária de 2014 para influir na apreciação, pelo Congresso, do Projeto de
Lei PLN 36/2014, que flexibilizou a meta fiscal de 2014 (economia feita pelo
governo para o pagamento de juros da dívida pública);
11. Inscrever em restos
a pagar, sem previsão legal, R$ 1,367 bilhão referentes a despesas do Programa
Minha Casa Minha Vida no exercício de 2014;
12. Omitir nas
estatísticas dos resultados fiscais de 2014 as transações primárias
deficitárias da União junto ao Banco do Brasil, ao BNDES e ao FGTS;
13. Distorções que
tornam indicadores e metas previstos no Plano Plurianual 2012-2015 não
confiáveis.
Fonte: DEM
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