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Assim que autoridades americanas e suíças denunciaram um escândalo de
corrupção envolvendo a FIFA, a mídia de todo o mundo passou a se desdobrar
para acompanhar a repercussão do caso. Sete dirigentes da Fifa, entre eles o
ex-presidente da CBF José Maria Marín, foram presos em Zurique pela
polícia suíça a pedido da justiça americana por causa de uma série de acusações
de corrupção. As investigações levaram à renúncia do presidente da
entidade Joseph Blatter.
A entidade é responsável por gerir o popular esporte do planeta, o
futebol, e coloca em cheque o sistema de escolha dos veículos que transmitem os
jogos, principalmente a Copa do Mundo, evento esportivo mais lucrativo do
mundo, acima até mesmo da Olimpíada. No rastro do esquema, a polícia
indiciou grupos de mídia em alguns países. O TyC Sports, canal de televisão
esportivo argentino é um deles.
Outro exemplo é a empresa Traffic do paulista José Hawilla que
tornou-se delator grampeando conversas para o FBI, desde 2013. Hawilla é dono
de uma afiliada da TV Globo no interior de São Paulo e a Traffic é ré confessa
no processo, teria levado US$ 15 milhões em propina. A figura do J. Hawilla
ganhou os holofotes com ambiciosas aquisições.
Anos atrás, O Globo comprou do grupo Quércia o jornal Diário Popular que
foi transformado em Diário de S Paulo. Não deu certo e O Globo acabou passando
o veículo para o J. Hawilla. Hoje, Hawilla está preso, ainda assim, detém uma
concessão pública como dono de uma rede de TV no interior de São Paulo, a TV
Tem. Nesta edição, o Observatório da Imprensa quer debater o envolvimento
de grupos de mídia no escândalo que envolve bilhões de dólares e que pode mudar
os rumos do futebol mundial.
Fonte: Observatorio da Imprensa
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