segunda-feira, novembro 09, 2015

AECIO CEDEU AVIÃO OFICIAL PARA CELEBRIDADES, EMPRESÁRIOS E POLÍTICOS.


O ex-governador de Minas Gerais e atual senador pelo PSDB, Aécio Neves, cedeu, entre 2003 e 2010, aeronaves do estado para deslocamentos de políticos, celebridades, empresários e outras pessoas de fora da administração pública. A denúncia foi publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, neste domingo (8).

Entre os beneficiários estão o apresentador Luciano Huck e a dupla Sandy e Júnior, em 2004. Além disso, os atores José Wilker e Milton Gonçalves, além do ex-executivo da rede Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, também utilizaram aviões do estado para deslocamento.

“Dias antes de deixar o governo, em março de 2010, Aécio também cedeu o helicóptero para que o então presidente do grupo Abril, Roberto Civita (morto em 2013) e sua mulher, Maria Antônia, visitassem o Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea do empresário Bernardo Paz em Brumadinho (53 km de Belo Horizonte)”, diz o jornal.

Além disso, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira também aparece nos registros. Ele usou três vezes o helicóptero para deslocamentos na capital mineira e outras três vezes jatos do estado para viagens entre Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

Os dados obtidos pelo jornal apontam que, dos 1,4 mil voos solicitados em nome do tucano entre 2003 e 2010, 198 não contaram com a presença de Aécio ou de outros agentes públicos autorizados a utilizar as aeronaves.

A reportagem ainda aponta que, durante o governo de Antônio Anastasia (PSDB), houve ao menos 60 voos sem a presença de autoridades estaduais. “Há deslocamentos para o próprio Aécio, para políticos, magistrados estaduais, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e novamente para Ricardo Teixeira”, explica o texto.

Durante o primeiro ano da gestão do atual governador Fernando Pimentel (PT), apenas um voo foi cedido para uma autoridade fora da administração do estado. O beneficiário foi o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

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