terça-feira, dezembro 01, 2015

CRIADORES DE RIACHO PEQUENO E BELÉM DO SÃO FRANCISCO-PE, PARTICIPAM DE PALESTRA SOBRE MANEJO ALIMENTAR DE CAPRINOS E OVINOS.

 


A palestra sobre Manejo Alimentar de caprinos e ovinos realizada no distrito de Riacho pequeno e em Belem do São Francisco-PE, atraiu muitos criadores, principalmente em Riacho Pequeno, onde havia representantes de associações e produtores locais.


 

Jose Lucas, consultor do Agronegócio e especialista em caprinovinocultura do Sebrae, iniciou as palestras distribuindo cartilhas da agricultura familiar, e falando de inicio, do cultivo da palma, uma alimentação rica em energia e proteínas. Muitos criadores não são muitos adeptos a plantação de palma, por que da muita praga, principalmente a cochonilha. Jose Lucas explicou que muitos criadores não tratam a palma como ela deveria ser tratada. Se fosse uma plantação de cebola, tomate, feijão ou outra qualquer, não teria tanto problema com pragas. Os produtores na maioria das vezes, escolhe o pior local de sua propriedade para fazer um plantio de palma, deixa ate “pedra” como adubo para as palmas! Esse alimento tem 90% de água e tem o menor custo para plantação. Em um terreno de 30 por 40 hectares se gasta apenas 3 mil litros de água por mês, molhando apenas uma ou duas vez por semana, a produção pode chegar a 120 toneladas de palma! A planta tem que ter um trato, semelhante a demais plantação, tem que ser adubada, plantada em terreno nivelado etc. Com isso as perdas na plantação de palma, será praticamente 0%.


 




O consultor falou ainda dos tipos de sistema de produção que cada criador se encaixa, desde do intensivo(animais preso, confinado) extensivo(soltos na caatinga ou pasto), semi-intensivo( ficam na ração e em lotes de pasto) semi-extensivo( um período na ração, outro solto), confinamento estratégico, suplementação de pasto e etc.

Perguntados aos criadores de Riacho pequeno, qual o forma sistema de produção que eles utilizam em suas fazendas, a maioria respondeu que criam no sistema intensivo os ovinos, e os caprinos, no sistema extensivo.
Lucas salientou que para um bom manejo alimentar, deve ser feito baseado em energia, proteínas, vitaminas e mineral. E sempre que for fazem uma ração balanceada, observar o valor de cada alimento, classificar como alimentos volumosos e concentrados.
Alguns criadores questionaram sobre “empanzinação” de animais? O consultor que também é criador, indicou “chá de sena” gelado. Muito bom para fazer digestão dos animais.
Sugeriu ainda, que o milho e a algaroba, são alimentos bons para que as fêmeas entrem no cio, não mudar alimentação quando as fêmeas estiverem prenhas e não dar vermífugos na gestação, pois causa aborto. Controle de monta- é importante separa por lote as fêmeas e colocar o macho por 30 dias no lote. E verificar as fêmeas muito gordas e muito magras, essas podem ter problemas na gestação.

A melhor forma de observa se os animais estão com vermes, alem de apresentarem reira, é verificar nas pálpebras dos olhos dos animais, a coloração, como mostra essa imagem a baixo:

 

O consultor deu uma dica muito boa para a desmama de borregos e cabritos, o “ creep feeding” Cocho privativo. É uma maneira de compensar a insuficiência de produção de leite das ovelhas ou cabras; Permite a produção de cordeiros ou cabritos mais pesados e mais uniformes,pois o uso do sistema “creep feeding” ou cocho privativo, favorece o aumento do ganho de peso das crias, no período de desmame, especialmente para crias duplas ou triplas, com reflexos positivos na recria, seja para abate ou para reprodução. Observa-se incremento no ganho de peso de 10 a 20%, quando comparado com crias que não receberam o creep feeding; Veja nas imagens a seguir, que esse sistema só permite aos borregos e cabritos mesmo mamando, se alimentarem. Pode ser instalado no meio do pasto ou no curral, a depender do seu sistema de produção de cada produtor.

                    




Sugeriu ainda  o consultor de agronegócio Jose Lucas, aos criadores que tem propriedade as margens do rio, que as plantas:Leocena, sorgo, acunham, gliricidia alem dos vários tipos de capim, serem as melhores para cultivar e alimentar seus rebanhos.

Já para os criadores que criam na região do sequeiro, a palma , mandacaru  e maniçoba(não dar verde), alem de serem mais resistente, são ricas em fontes de proteínas, vitaminas e energia.

A mandioca vem tomando um espaço considerável entre os criadores, pois seu valor enérgico substitui o milho. Alem de ter o preço bem mais aquisitivo. Lembrando que para a mandioca ter um efeito mais forte, passar na forrageira o as folhas, o caule e a mandioca. E sempre deixar secar bem.

Tomar cuidado com a jurema preta, ele é abortiva e pode causar cegueira.

Fonte: Blog A Hora do Bode, Eloy Netto

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