A conta de água dos
pernambucanos vai ter um reajuste de 10,69% a partir do dia 20 de março que vai
impactar outra despesa muito comum a classe média, a dos condomínios. É o maior
percentual desde o começo desta década. O impacto do aumento deve ser sentido
integralmente por todos os consumidores na conta de maio, porque a Companhia
Pernambucana de Saneamento (Compesa) faz a leitura da conta em datas
diferentes, como explica o diretor de Regulação da Agência de Regulação de
Pernambuco (Arpe), Hélio Lopes.
A alta do reajuste está
relacionada à inflação. “A despesa que mais destoou entre todas foi a conta de
energia com um efeito financeiro 30% maior do que o previsto. Isso gerou uma
despesa extra de R$ 45 milhões em 2015. São as consequências de um País que
voltou a ter uma inflação significativa”, diz o presidente da Compesa, Roberto
Tavares.
O reajuste da Compesa é
calculado pela Arpe. De um modo grosseiro, o aumento foi uma média de dois
índices usados para medir a alta dos preços no Brasil: o Índice Geral de Preços
de Mercado (IGP-M) – que apresentou uma variação de 10,95% – e o IPCA que ficou
em 10,71%. Ambas variações se referem ao período de 1º de fevereiro de 2015 a
31 de janeiro de 2016. Também entrou na composição do atual aumento o Fator de
Ajuste das Bandeiras Tarifárias (FABT). A bandeira tarifária é um acréscimo
cobrado na conta de luz quando a produção da energia elétrica está mais cara
que passou a ser cobrado desde o ano passado.
Na explicação de Hélio
Lopes, o aumento seria um pouquinho maior, ficando em 10,73%, caso não fosse
aplicado esse fator. Também no atual reajuste a Arpe colocou uma previsão de
seis meses de bandeira tarifária vermelha (com o custo de R$ 3 a cada 100
quilowatt-hora (kWh) e seis meses de bandeira amarela nos quais serão cobrados
R$ 1,50 a mais a cada 100 kWh num período que vai até janeiro de 2017. Esses preços
são mais baixos dos que os valores cobrados pelas bandeiras entre fevereiro de
2015 e janeiro deste ano (que variou de R$ 4,50 a R$ 5,50).
Ainda no ano passado, a
conta de água teve dois reajustes. O anual - que entrou em vigor em março de
2015 - sendo de 8,35% e um reajuste em maio de 3,51% para compensar a alta dos
reajustes de energia. “A probabilidade é baixíssima de ter outro reajuste por
causa da energia em 2016”, afirma Hélio, acrescentando que as condições de
geração de energia estão melhores em 2016 do que estavam no ano anterior.
JC online
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