A vacinação de ovinos
previne o aparecimento de doenças, traz economia e é um dos fatores que
contribuem para o sucesso na ovinocultura. Por isso, é importante que os
criadores conheçam e planejem um calendário vacinal coerente com a sua região,
definindo em que épocas serão realizadas as vacinações, visando a manutenção da
saúde dos animais e a rentabilidade da propriedade.
O manejo vacinal pode
ser preventivo ou feito para controlar determinado surto, e envolve uma série
de ações, como a escrituração zootécnica do rebanho e a educação sanitária dos
funcionários da propriedade, explica o veterinário da Embrapa Roraima, Carlos
Mendonça. O procedimento deve ser realizado por profissional capacitado, que
indicará a ação adequada de acordo com o tipo de doença e a quantidade de
animais infectados.
O tema merece atenção,
pois, caso seja identificada alguma doença que ponha em risco o rebanho de
determinado local, as autoridades sanitárias podem até autorizar o abate dos
animais, sem possibilidade de questionamento pelo proprietário.
De modo geral, os
produtores devem ficar atentos a quatro vacinas importantes. São elas: vacina
contra Raiva, Clostridioses, Linfadenite Caseosa e Ectima contagioso. A vacina
contra a Febre Aftosa é proibida para ovinos e pode gerar multa caso seja
descoberta.
Essas vacinas são
essenciais, principalmente como medidas preventivas", alerta Carlos. É o
caso da vacina contra clostridioses, conjunto de doenças que podem gerar
quadros agudos e morte súbita.
As bactérias do gênero
Clostridium (clostrídios) são habitantes naturais do solo e do trato intestinal
dos animais, tornando sua erradicação impossível. Capazes de provocar
enfermidades pela produção de toxinas durante seu período de multiplicação, na
grande maioria dos casos, o tratamento é pouco eficaz ou inviável, tornando as
clostridioses uma constante ameaça às criações.
Conheça as principais
vacinas para ovinos:
Febre Aftosa -
Proibida. O Ministério da Agricultura proíbe o uso de vacinas contra febre
aftosa em ovinos, pois estes animais são utilizados para monitorar a presença
do vírus no ambiente, através de testes sorológicos, pois como não foram expostos
ao agente através da vacina, quando apresentam resultado positivo confirmam a
circulação viral, sendo chamados de animais "sentinelas".
Raiva - Anual/a partir
de 4 meses de idade ( só em regiões em que haja casos confirmados)
Clostridiose -
- Para animais não
vacinados: aplicar duas doses de vacina com um intervalo de quatro a seis
semanas entre as vacinações.
- Em filhos de mães não
vacinadas: a primeira dose deve ser efetuada a partir da 3a semana de idade e a
partir da 9a semana de idade em filhos de mães que foram vacinadas.
- Animais já vacinados:
revaciná-los a cada ano.
- Em fêmeas gestantes:
fazer a revacinação anual de 4 a 6 semanas antes do parto.
Linfadenite Caseosa - A
partir de três meses, com reforço aos 30 dias. Repetir anualmente
Ectima contagioso -
Autovacina feita em dose única, repetindo-se nas matrizes na próxima parição.
Recomenda-se a vacinação apenas em casos de surtos na propriedade.
Capril virtual
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