Gerenciando o sistema
de segurança pública na cidade de Belém do São Francisco – PE há cerca de dois
anos, o Delegado de Polícia Civil que ficou conhecido como o “Delegado do Caso
Benício”, Dr. Roberto Fonseca de Oliveira, já não mais, faz parte dessa DEPOL.
Sua transferência ou remoção, deixou uma lacuna gigantesca na sociedade desta
cidade, a qual, se encontrava com índices de homicídios e violência, dentro dos
padrões de normalidade, não se sabendo então, quais as razões que teria, a
Secretaria de Segurança Pública do Estado de Pernambuco, a tomar uma decisão,
que pode colocar em evidência e efervescência, as brigas de famílias que tão
comumente acomete a cidade sertaneja.
Avesso a meios sociais,
badalações e bajulações, Dr. Fonseca era um delegado que se dedicava apenas as
funções, as quais eram exercidas além do rigor da Lei, com bastante zelo,
cortesia e respeito a todos. Não era raro inclusive, ouvir citações de pessoas
que chegaram a conhecer a força da caneta representada pelo delegado que se
afasta. Um desses elementos, que não desejou se identificar, disse à reportagem
que, embora tenha respondido a um pequeno delito, viu na figura do delegado, um
cidadão respeitador e cumpridor dos seus deveres, que, mesmo agindo em seu
desfavor, soube tratá-lo com dignidade.
Bastante dedicado às causas e
processos que tinham sob seu poder, dispensava atenção especial às vítimas crianças
e adolescentes, situação que, aos poucos, o fez se aproximar das instituições,
uma das quais, o Conselho Tutelar, tendo se associado ao Ex Conselheiro Charles
Sá, quando ambos foram em busca das descobertas que cercavam o macabro e
misterioso homicídio triplamente qualificado do garoto Benício. Assim, se
tornava um policial arrojado, capaz de desarticular inúmeros crimes
direcionados ao público infanto juvenil e outras tipificações penais. Nesse
crime em particular, que muito envolveu a sociedade de Belém do São Francisco –
PE, cujas investigações perduraram de uma segunda até uma quinta feira, sempre
dormindo às 03 da manhã e acordando as 07 do dia seguinte pra checar as
informações que chegavam, Dr. Fonseca era sempre acompanhado pela equipe que escolheu
na palma da mão, tendo todos os integrantes, o tirocínio, a inteligência e a
perspicácia que lhe era peculiar para elucidar em tempo recorde, o bárbaro
crime que ficou conhecido como “Caso Benício”, criança que, após ser amarrada e
sofrer pauladas e pedradas, passou por violência sexual, tendo o policial e
equipe, desvendado o crime, pedindo a prisão preventiva de todos os envolvidos,
sabendo-se tratar de inquérito muito bem elaborado, o que fez com que os
autores, fossem presos imediatamente, o que continua ocorrendo ainda hoje. E
foi aí exatamente, que o Dr. Fonseca começou a ganhar popularidade; seu
envolvimento com a situação e a checagem de todas as informações que chegavam,
fez o policial cair nas graças da população da pacata cidade belenhense.
Não faltou quem
procurasse o Dr. Roberto Fonseca nestes dias que antecederam sua remoção,
oferecendo seus serviços visando confeccionar um abaixo assinado pedindo o
retorno dele e da equipe, que, aliás, foi sendo formada aos poucos, tendo a
DEPOL local, recebido inúmeros elogios públicos pela correção quando dos
procedimentos ali instaurados.
De acordo com populares
que não desejaram se identificar, a transferência se deu em razão do brilhante
trabalho realizado por Dr. Fonseca e sua equipe; ele estava avançando demais, o
que teria deixado com ciumeira, alguns críticos de plantão. Esse quadro,
associado à alta performance que desempenhava o policial e sua equipe, começava
a incomodar alguns, que acharam por bem, transferi-lo de Belém, não se sabendo
ainda, para onde fora.
Agora, é esperar pra
ver como ficarão e serão tratados tanto os meliantes bem como a sociedade
belemita, se é que, cada um dos entes, receberá a mão de ferro, porém
respeitada do Dr. Fonseca. Se mão de ferro e caneta voraz foram os motivos da
transferência, não se sabe. Mas também não se tem notícia de que a fama de
exímio cumpridor dos deveres, porém respeitador da sociedade, seja, o grande
responsável pela transferência. A única coisa que é certa nessa história, é que
Belém do São Francisco, perde mais um excelente quadro na sua já combalida
situação administrativa e social. E ainda tem uma turma que diz que vivemos
numa democracia. Tenham a santa paciência.
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