
O ministro do Supremo
Tribunal Federal , Dias Toffoli, é um dos citados na proposta de delação
premiada do empreiteiro José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro,
ex-presidente da OAS. Segundo informações da revista Veja, Pinheiro cita em
depoimento uma reunião que teve com o ministro. Eles já se conheciam, mas não
teriam intimidade. Em certo momento da conversa, Dias Toffoli achou informou
que estava com problemas de infiltração e na estrutura de alvenaria em sua
casa, em um bairro nobre de Brasília. O empreiteiro então enviou à casa de
Toffoli, dias depois, uma equipe de engenheiros, que verificaram falhas na
impermeabilização da casa e sugeriram uma sugestão. Pinheiro indicou uma
empresa para realizar o serviço, relatado como caro e complicado, e enviou sua
equipe de engenheiros para realizar uma nova vistoria para certificar o
trabalho. De acordo com o empreiteiro, o serviço foi integralmente pago pelo
ministro – a proposta ainda não informa onde e quando foi a reunião, já que os
detalhes só serão fornecidos caso delação seja aceita. No entanto, a
força-tarefa da Lava Jato encontrou indícios, em mensagens de celular, de que
Pinheiro e Dias Toffoli tinham uma relação de “proximidade”, como classificam
os agentes da Polícia Federal. As mensagens mencionam visitas ao ministro,
presentes de aniversário, festa em sua homenagem e alguns negócios.

Não há
mensagens diretas entre os dois, mas informações passadas por Pinheiro a outros
interlocutores. Em 2012, um alto funcionário da OAS Defesa, José Lunguinho Filho,
envia uma mensagem. “Aniversário do Toffoli dia 15. Gosta de um bom whisky”. Na
resposta, o empreiteiro pede: “Fale-me cedo do presente de Toffoli”. Outra
mensagem, também em 2012, indica que ele foi à casa do ministro: Barreto avisa
que o senhor leva em torno de 20 a 25 minutos para chegar na residência do Dr.
Toffoli. Em 2014, nova conversa sobre o aniversário do magistrado, dessa vez
entre Pinheiro e o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Benedito
Gonçalves. “Você vai ao aniversário do min Toffoli no domingo?”, pergunta o
empreiteiro. Outros diálogos dizem respeito aos interesses da empresa. “Vou
precisar de material para a AGU”, diz Pinheiro em 2013, questionando a um
subordinado, Gustavo Rocha, se já viu outra mensagem sobre o ministro. Antes de
chegar ao STF, Toffoli havia comandado a Advocacia-Geral da União (AGU). Já
Gustavo Rocha era responsável pelo consórcio Invepar, concessionária do
Aeroporto de Guarulhos. Também em 2013, o empreiteiro afirma a um interlocutor
que trataria com o ministro sobre o “assunto dos aviões”. “O ministro marcou
comigo terça, às 11:30 em Brasília x assunto dos aviões”, diz a mensagem.
Bahia Noticias
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