Treze presidentes das
Autarquias Municipais de Ensino Superior, instaladas em Pernambuco, estiverem
nesta terça-feira (6), na capital do Estado, Recife, para participarem de mais
uma rodada de conversas sobre o atraso nos repasses do Programa Universidade
para Todos em Pernambuco – PROUPE.
Os presidentes, através
da Assiespe, também tentaram se reunir com representantes do governo estadual,
mas não foram atendido. “Mais uma vez chegamos ao final do ano e a grande
incerteza é quando e como cumpriremos com as nossas obrigações com os
pagamentos dos salários de novembro e dezembro e o 13° dos servidores públicos
e os prestadores de serviços, com as obrigações sociais”, comentou a professora
Ana Gleide Souza Leal, presidente da Autarquia de Belém do São Francisco.
Também estavam
representadas as autarquias de Petrolina, Afogados da Ingazeira, Arararipina,
Arcoverde, Belém do São Francisco, Belo Jardim, Cabo de Santo Agostinho,
Garanhus, Goiana, Limoeiro, Palmares, Salgueiro e Serra Talhada. Segundo o
presidente da Associação das Instituições de Ensino Superior do Estado de
Pernambuco (ASSIESPE), Rinaldo Remígo, os atrasos nos pagamentos já somam um
valor de R$ 4 milhões e acarretam acúmulos de despesas com folha de pagamento e
manutenção básica das instituições de ensino.
O PROUPE é um recurso,
destinado a Autarquias Municipais, que oportuniza através de bolsas de estudo o
ingresso de pessoas de baixa renda nas instituições de ensino superior. Desde
2015 a oferta de bolsas caiu cerca de 50% e hoje o número de beneficiados chega
a 7 mil estudantes, esse número era de mais de 14 mil.
Para Simão Rosembaum,
presidente da Autarquia de Goiana, o Governo do Estado tem virado as costas para
as Autarquias Educacionais. Ele conta que as Instituiçoes não recebem os
repasses desde setembro e que os salários de funcionários contratados e cargos
comissionados estão atrasados.
As tentativas de se
reunir com o Governo do Estado, para sanar o impasse, se arrastam pelos últimos
seis meses, conta o presidente da ASSIESPE.
Rinaldo Remígio destaca
ainda o empenho que os presidentes estão oferecendo para regularizar os
pagamentos. “O que nos entristece é que estamos vindo de todas as regiões do
Estado. Somos professores que representam mais de 20 mil alunos e não fomos
atendidos porque estavam no horário de almoço”, lamenta Remígio.
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