quarta-feira, janeiro 18, 2017

QUE SIRVA DE EXEMPLO-PREFEITURA COMEÇA ESTUDOS TÉCNICOS PARA RETIRAR DEFINITIVAMENTE BARONESAS DAS MARGENS DO VELHO CHICO


Sinônimo de aumento de poluição no Rio São Francisco, as baronesas podem finalmente estar com os dias contados.  A Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) deu início nesta terça-feira (17) à primeira fase de um projeto que vai resultar na retirada das espécies aquáticas de um dos principais cartões-postais da cidade.

Com ajuda de um barco, será realizado nessa primeira etapa um zoneamento das áreas com infestação de baronesas, além do georreferenciamento de uma área com 4 km de extensão, entre o Iate Clube e o Porto de Petrolina. Dentro desse perímetro será realizada a coleta da vegetação e da água, que serão analisadas nos laboratórios do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), parceiro da iniciativa.

A fase inicial servirá de base para a retirada das baronesas, que deve começar no início de fevereiro. Vale destacar que todo esse estudo está sendo feito para que a remoção das plantas seja feita com o menor impacto ambiental possível.


Para isso, Equipes da AMMA estão projetando a contenção física e o controle biológico das plantas, a fim de que elas não voltem a se proliferar nas margens do Rio São Francisco.
Esgoto

Além desse estudo ambiental, outra ação importante para a retirada das baronesas é a eliminação do esgoto despejado no Velho Chico. O problema, segundo o órgão municipal, é causado por ligações clandestinas na rede pluvial. Por isso, o diretor-presidente interino da AMMA, Manoel Rafael de Oliveira Neto, explica que um trabalho de fiscalização paralelo a uma parceria com a Compesa também será realizado para acabar com os pontos de despejo do esgoto. “Não adianta retirar as baronesas sem acabar com o esgoto que vai parar no rio, e vice-versa. Somente com esse trabalho conjunto é que vamos, finalmente, atender uma demanda antiga da população e ainda fazer com que o nosso São Francisco possa ser tratado como merece e continue contribuindo com o desenvolvimento de Petrolina e toda a nossa região”, destaca Manoel.

As baronesas são plantas aquáticas que ocorrem principalmente onde há sinais de poluição. Elas funcionam como uma espécie de filtro, se alimentando dos dejetos. Ainda são bioindicadoras de ambiente eutrofizado, ou seja, onde são registradas altas concentrações de matéria orgânica e nutrientes como nitratos e fósforo, o que reduz a oxigenação da água e tem impacto direto na fauna e na flora da mata ciliar. (fonte/foto: Ascom PMP/divulgação)


Carlos Britto

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