Este ano, a Sociedade
Brasileira de Nefrologia traz para o centro do debate no Dia Mundial do Rim (9
de março) o tema “Doença Renal e Obesidade – Estilo de vida saudável para rins
saudáveis”. A iniciativa tem como objetivo alertar a população sobre o novo
perfil de pacientes renais, que, segundo a nefrologista Maria Emília Duarte da
UPAE/Imip de Petrolina, se caracteriza por ser formado, na sua grande maioria,
por pessoas obesas, diabéticas e hipertensas.
A título de informação,
a especialista acredita que antes é preciso ressaltar que o rim pode ser
atingido por doenças de origem imunológica, inflamatória, infecciosa,
neoplástica, degenerativa, congênita e hereditária. Sendo os principais fatores
de risco: hipertensão (pressão alta), diabetes, idade acima de 60 anos,
história de doença renal na família e a presença de doença cardíaca ou
cardiovascular.
O perfil dos pacientes
vem mudando. Com exceção das doenças próprias do rim, como a Glomerulonefrite,
que compromete a funcionalidade do rim, e as Nefrocalcinoses, que é um
distúrbio onde há excessivo depósito de cálcio nos rins e uma ineficiência do
órgão em inibir a formação do cálculo, hoje em dia o que mais compromete a
saúde renal são a hipertensão e o diabetes tipo 2. “Então, a maioria das
pessoas que chegam a fazer a diálise e hemodiálise apresentam essas doenças
crônicas e o comprometimento renal como consequência de tais comorbidades”,
esclarece a médica.
Em relação à Petrolina
e região, a nefrologista destaca que o número maior de casos é de cálculo renal
(popularmente chamado de pedra nos rins) e nefrocalcinoses, que leva 100% dos
pacientes para a hemodiálise. “O cálculo renal já é bastante conhecido da
população e existem outras doenças que podem atingir famílias
inteiras, desde crianças muito novinhas com menos de um ano, pois são
hereditárias”, explica. Outras enfermidades comuns são as infecções
urinárias, os tumores renais e a insuficiência renal.
Prevenção
Como prevenção, a
população deve aumentar o consumo de água, manter uma alimentação saudável, com
a redução do consumo de carboidratos, açúcares e sal, além de manter na rotina
a prática de atividade física. É preciso estar atento também aos primeiros
sinais das doenças renais e entender a importância do diagnóstico precoce. Os
sintomas se desenvolvem lentamente e podem não ser específicos. Algumas
pessoas, inclusive, não apresentam sintoma algum e só são
diagnosticadas através de um exame laboratorial. Mal estar geral e
fadiga, coceira generalizada, pele seca, dores de cabeça, perda de peso não
intencional, perda de apetite, náuseas, dor lombar, sabor metálico na boca,
sensação de frio, inchaço e mudanças na urina podem estar relacionados.
Só o médico
especialista é capaz de fechar o diagnóstico, feito com base nos exames
clínicos, laboratoriais e de imagem, como o ultrassom. O primeiro passo é
procurar o posto de saúde para uma avaliação do clínico geral que fará os
encaminhamentos, se necessário.
Carlos Britto
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