Nas últimas horas da
sexta-feira, Lula disse que caso eleito irá mandar prender jornalistas que
publicam mentiras sobre ele (no dicionário fascista isso significa exatamente o
contrário. Lula quer prender os jornalistas que publicam fatos sobre ele, e quem
opina com base nestes fatos). Causou comoção, apenas entre os usuários. Entre a
classe jornalística, muito pouca repercussão.
Ainda no domingo,
publiquei neste blog que alguns jornalistas não deveriam se preocupar com as
bravatas. Afinal de contas, lacaios já vivem de quatro para o petismo. São
aliados, não inimigos.
O fato se comprovou
nesta segunda. Folha, Uol e os principais sindicatos e associações de
jornalismo do país se calaram. Os pelegos da FENAJ (Federação Nacional de
Jornalismo) simplesmente fingiram que nada aconteceu. Aliás, a Folha publicou
um editorial contra Nicolas Maduro no dia 05. Afinal de contas, é muito fácil
criticar a Venezuela de forma amena com argumentos do tipo "Maduro está
equivocado". Difícil é condenar o totalitarismo socialista. Mais difícil
ainda é dizer a verdade, como denunciar que o Partido dos Trabalhadores sempre
teve pretensões semelhantes para nós. Acreditem, um jornal cujo dono aceitou
ajudar Dilma Rousseff na fracassada tentativa de reverter o impeachment não
merece tantas expectativas positivas.
Curiosamente, ANER
(Associação Nacional de Editores de Revistas), ABERT (Associação Brasileira de
Emissoras de Rádio e Televisão) e ANJ (Associação Nacional de Jornais) haviam
publicado um vídeo vergonhoso no dia 3 de Maio, data em que se comemora a
liberdade de imprensa. Para eles, o que ameaça a liberdade de imprensa são os
meios alternativos e as redes sociais. Mas não um presidente da república que
antes mesmo de eleito já ameaça prender.
O caso é que estes se
dividem entre os cretinos lacaios do plano criminoso de poder e os covardes que
acreditam na possibilidade de coexistência pacífica com quem não vê a hora de
cortar as gargantas que emitem discursos dissonantes. Notem como estes mesmos
veículos tratavam aqueles malucos que pediam intervenção militar (algo que não
teria qualquer chance de acontecer, diga-se de passagem). Tratavam como leprosos.
E é claro, usavam o expediente como espantalho para criminalizar toda a
oposição contra o petismo.
Não é admissível que o
discurso de Lula seja respondido com omissão por parte de entidades e veículos
de imprensa. Como não se pode obrigar ninguém a ser cidadão ou a lutar por
liberdade, ao menos devemos marcar os que se prostituem ao plano criminoso de
poder. Para que não enganem mais ninguém com a fachada da falsa isenção
enquanto apoiam quem pretende fazer no Brasil o mesmo que Hugo Chávez e Nicolas
Maduro fizeram na Venezuela, que é transformar o país em uma sucursal do
inferno.
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