BELO HORIZONTE, MG
(FOLHAPRESS) - A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta segunda (11)
que "a destruição do PSDB e o surgimento da extrema direita foram
consequências políticas não previstas do impeachment, que chamou de golpe.
"O que estava previsto
no cardápio era a destruição do PT e do presidente Lula", disse.
Dilma falou em reunião
da comissão extraordinária de mulheres da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais. Do lado de fora, membros de movimentos de esquerda e de direita se
enfrentavam no grito.
O grupo Patriotas, que
apoia o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), e o MBL estavam presentes.
Sempre falando sobre os
articuladores do impeachment, Dilma disse que subestimaram a instabilidade e o
conflito entre Poderes que se seguiram.
"Se é possível
tirar uma presidente da República, tudo é possível", afirmou.
Segundo a
ex-presidente, o impeachment acertou além do que mirou e foi preciso
"tentar dar um jeitinho". "Às vezes as malas impedem o jeitinho,
ele dá errado", disse referindo-se a acusação de corrupção contra o
presidente Michel Temer (PMDB).
A ex-presidente
criticou diversas vezes a ação da Polícia Federal na Universidade Federal de
Minas Gerais na última semana.
"Abriram a
caixa-preta e soltaram os monstros da intolerância, da escola sem partido, da
invasão da UFMG", disse.
ELEIÇÃO
A respeito da eleição
do próximo ano, que Dilma chama de terceiro ato do golpe, disse que "tinha
uma pedra no meio do caminho, ela se chamaLula.
A petista voltou a
dizer que a condenação do ex-presidente Lula na Lava Jato, que se confirmada em
segunda instância pode tirá-lo da eleição, é uma perseguição política.
"Quem quer um
plano B é quem não tem candidato e não tem coragem de concorrer com ele. Quem
tem medo do plano A é que quer plano B."
Nenhum comentário:
Postar um comentário