O Brasil está sob um
fraco El Niño, que mantém a chuva acima da média. Normalmente, a área atingida
pelas precipitações mais fortes vão de São Paulo e Mato Grosso do Sul até a
Argentina.
Quem determina o ponto
preciso é uma área específica no oceano Pacífico, mais a leste, perto da costa
da América do Sul. “Quando ela esquenta nesta época do ano, a chuva
concentra-se entre São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e
Paraguai. Trata-se do caso registrado no fim de maio”, explica o meteorologista
da Somar Celso Oliveira.
Segundo o especialista,
o fato é que esta região, chamada de
Niño 1+2, não ficará quente por muito tempo. Simulações apontam que o setor vai
se resfriar no decorrer de junho, o que forçará a chuva forte a ficar mais ao
sul, entre o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. “Isso quer dizer que boa
parte do Brasil terá um mês de junho com tempo seco mais persistente, baixa
umidade relativa do ar e temperatura acima da média, apesar da grande amplitude
térmica”, diz.
No fim das contas, a
chuva acima da média é prevista para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul e
leste do Paraná e boa parte da costa desde São Paulo até a Bahia. Em números
absolutos, o acumulado pode passar dos 200 milímetros do Rio Grande do Sul ao
sul de Santa Catarina, área que costuma registrar metade disso nesta época do
ano.
No norte e oeste do
Paraná, interior de São Paulo, em Minas Gerais, em todo o Centro-Oeste e em boa
parte do Nordeste, a precipitação vai oscilar entre a média e abaixo dela.
No Norte, há maior
irregularidade com chuva acima da média no Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e
norte do Amapá. Os estados do Pará e Tocantins terão precipitações em nível
normal ou abaixo.
A temperatura vai
permanecer acima da média na maior parte do Brasil com maiores desvios ao longo
da costa do Sul, Sudeste e Nordeste, pela água do Atlântico mais quente que o
normal. As ondas de frio não aparecerão com muita frequência. Com exceção da
primeira semana onde ainda estaremos com características atmosféricas
semelhantes às do fim de maio, com potencial para declínio acentuado. O
decorrer do mês não deverá ser dos mais frios.
Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural
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