sábado, junho 01, 2019

JUNHO SERÁ MARCADO POR TEMPERATURAS ALTAS.

Junho será marcado por calor acima da média em grande parte do Brasil

O Brasil está sob um fraco El Niño, que mantém a chuva acima da média. Normalmente, a área atingida pelas precipitações mais fortes vão de São Paulo e Mato Grosso do Sul até a Argentina.

Quem determina o ponto preciso é uma área específica no oceano Pacífico, mais a leste, perto da costa da América do Sul. “Quando ela esquenta nesta época do ano, a chuva concentra-se entre São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Paraguai. Trata-se do caso registrado no fim de maio”, explica o meteorologista da Somar Celso Oliveira.

Segundo o especialista, o fato é que  esta região, chamada de Niño 1+2, não ficará quente por muito tempo. Simulações apontam que o setor vai se resfriar no decorrer de junho, o que forçará a chuva forte a ficar mais ao sul, entre o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. “Isso quer dizer que boa parte do Brasil terá um mês de junho com tempo seco mais persistente, baixa umidade relativa do ar e temperatura acima da média, apesar da grande amplitude térmica”, diz.

No fim das contas, a chuva acima da média é prevista para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul e leste do Paraná e boa parte da costa desde São Paulo até a Bahia. Em números absolutos, o acumulado pode passar dos 200 milímetros do Rio Grande do Sul ao sul de Santa Catarina, área que costuma registrar metade disso nesta época do ano.

No norte e oeste do Paraná, interior de São Paulo, em Minas Gerais, em todo o Centro-Oeste e em boa parte do Nordeste, a precipitação vai oscilar entre a média e abaixo dela.

No Norte, há maior irregularidade com chuva acima da média no Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e norte do Amapá. Os estados do Pará e Tocantins terão precipitações em nível normal ou abaixo.

A temperatura vai permanecer acima da média na maior parte do Brasil com maiores desvios ao longo da costa do Sul, Sudeste e Nordeste, pela água do Atlântico mais quente que o normal. As ondas de frio não aparecerão com muita frequência. Com exceção da primeira semana onde ainda estaremos com características atmosféricas semelhantes às do fim de maio, com potencial para declínio acentuado. O decorrer do mês não deverá ser dos mais frios.

Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural


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