Na
semana em que se comemora o Dia Mundial da Água, em 22 de março, cresce entre
ambientalistas e setores da sociedade civil o alerta para a preservação do
recurso. De acordo com dados do último relatório da Organização das Nações
Unidas (ONU) sobre o tema, o volume total de água na Terra é de aproximadamente
1,4 bilhões de km³. Mas apenas 2,5% desse valor (cerca de 35 milhões de km³) é
de água doce.
Desses
35 milhões de Km³, em torno de 70% está na forma de gelo, encontrado nas
regiões ártica e antártica e em topos de montanhas. Cerca de 30% do recurso é
encontrado sob o solo; de modo que somente 0,3% de toda a água fresca do
planeta está disponível em lagos e rios.
A
carência do recurso e a má distribuição pelos continentes dificulta o acesso e
aumenta o risco de conflitos por água. Aumenta também o número de doenças pela
falta de saneamento básico. Ainda consoante aos dados da ONU, um em cada quatro
habitantes do mundo vive em sem condições sanitárias adequadas.
Em
comparação com outros países, o Brasil está em posição privilegiada no acesso
ao insumo. Possui 12% de todas as reservas de água doce do mundo, segundo a
Agência Nacional de Águas (ANA). Apesar do número, 70% de todo o volume está na
Região Amazônia; contra menos de 5% na região que mais sofre com a seca: o
Nordeste.
Outro
fator importante demonstrado por meio dos dados estatísticos é que a capacidade
de tratamento do esgoto no Brasil ainda é muito aquém do ideal. O relatório de
Conjuntura Hídrica Ano 2012 da ANA revela que, em 2008, apenas 29,94% do esgoto
produzido no país era tratado. “Os baixos índices de coleta e tratamento de
esgotos contribuem para o agravamento dos problemas relacionados com a
incidência de doenças de veiculação hídrica. Além disso, compromete a qualidade
das águas superficiais, podendo inviabilizar o uso dos recursos hídricos”,
dispõe o estudo.
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