José Calazans Bezerra
(Josiel) nasceu em Quijingue, ainda município de Tucano e se mudou jovem para
Chorrochó. Elegante, cabelos negros, boa pinta, sorriso fácil, educadíssimo,
logo ganhou a simpatia de todos, ou de quase todos de Chorrochó.
Casou-se com Maria Menezes Mattos
Bezerra, filha de Anna Mattos de Menezes (Quininha) e João Matos Cardoso e com
ela constituiu uma família decente e honrada, incluídos aí os filhos José
Calazans Bezerra Filho, Ana Maria Mattos Bezerra Brandão e Josiel Calazans
Menezes Bezerra. Todavia, isto é assunto longo para quem entende de história e
este não é o meu caso. A memória esburacada pode produzir o vexame de grafar
nomes errados, confundir datas e misturar alhos com bugalhos. Corro o risco de
arranhar os fatos e mutilar a história. É melhor deixar a tarefa para os
entendidos.
Mas – e sempre há um mas -
Josiel entrou na política, impulsionado pelos ventos oriundos de uma divisão
interna no seio da família Menezes e se elegeu prefeito de Chorrochó com 1.888
votos apoiado pelos deputados estaduais José Bezerra Neto e José Eloy de
Carvalho e de duas lideranças nacionais, ícones da política da Bahia, os
deputados federais Manoel Cavalcanti Novaes, pernambucano de Floresta e sua
esposa, a paulista Necy Novaes.
Município novo à época
(1963/1967), Chorrochó vivia um clima saudável com um prefeito jovem,
socialmente admirável. Josiel cercou-se de nomes respeitáveis da sociedade
chorrochoense a exemplo de José Pacheco de Menezes (Deca), João Mattos Cardoso
e Joviniano Cordeiro. A Câmara Municipal deu-lhe folgada maioria com os
vereadores Sebastião Pereira da Silva (Baião), Aurélio Alves de Barros, Lucas
Alventino, Pascoal de Almeida Lima e seu cunhado Vivaldo Cardoso de Menezes.
Vivaldo era um senhor versátil, que entendia desde burocracia da fiscalização
estadual até política de bastidores de Chorrochó e instrumentos musicais.
A administração de Josiel registrou alguns
feitos compatíveis com as condições que o município permitia na ocasião:
construiu uma barragem para abastecer a sede do município, iniciou a construção
do Grupo Escolar Luís Viana Filho e do Posto Médico Francisco Pacheco
(terminado na segunda administração de Dorotheu Pacheco de Menezes) e
impulsionou o esporte local, além da conservação de estradas, prédios públicos
e do campo de aviação.
Ainda hoje Josiel ostenta grande
carisma político incompatível com o ostracismo a que se impôs voluntariamente.
Simpático, atencioso, sensato, indispensável em qualquer reunião de amigos.
Afastou-se de disputas eleitorais, embora nunca tenha se afastado de Chorrochó.
É um assíduo freqüentador e participante ativo da principal festa da cidade, a
do padroeiro Senhor do Bonfim.
Pessoa admirável, Josiel também é
partícipe da história de Chorrochó.
fFonte: Blog Walter Araujo
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