O senador Mário Couto
(PSDB-PA) decidiu, nesta quarta-feira (26), apresentar pedido de impeachment da
presidente Dilma Russeff.
De acordo com o
parlamentar, Dilma é responsável pelo prejuízo bilionário da Petrobras gerado
pela compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006.
O requerimento deve ser
protocolado na Câmara dos Deputados na próxima quinta-feira (27),. Segundo
informações da assessoria do senador, ele recebeu orientação técnica da equipe
jurídica de seu gabinete e está certo de que o pedido é válido. Durante pronunciamento
no plenário do Senado nesta quarta, Couto afirmou que a presidente Dilma
confessou saber que o relatório técnico que autorizava a compra da refinaria
era falho e, por isso, deve responder pelo prejuízo da estatal.
— A nossa presidente
sabia. Ela que não venha fazer a mesma coisa do [ex-presidente] Lula, que nunca
sabe e nunca viu! A nossa presidente sabia! Ela declarou isto por escrito, que
sabia. Aliás, brasileiro, você não deve mais aguentar o tanto de corrupção que
passa e que se tem neste País. É trágico, Brasil! A compra da refinaria
de Pasadena custou à Petrobras US$ 1,18 bilhão, quase 30 vezes mais que o valor
pago pela empresa belga Astra para adquirí-la um ano antes.
No início da semana
passada, a presidente Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração
da Petrobras na época da compra, disse, em nota à imprensa, que a transação foi
autorizada mediante parecer “técnica e juridicamente falho”, dando início às
pressões contra a estatal.
Processo de impeachment
No pedido de abertura
do processo de impeachment, o senador tucano acusa Dilma de crime de
responsabilidade, alegando que a presidente era, na época em que a compra da
refinaria foi autorizada, ministra da Casa Civil e chefe do setor energético
brasileiro.
O texto do requerimento
afirma ainda que a Petrobras comprou a refinaria “de forma extremamente absurda
e atentatória à boa fé contra o patrimônio brasileiro”.
O senador também acusa
Dilma de não ter tomado nenhuma providência para investigar o contrato quando
teve conhecimento dos erros, nem como conselheira administrativa da Petrobras,
nem agora como presidente da República. Depois de o pedido ser
protocolado na Câmara, um comissão será formado para examinar o requerimento de
impeachment. ESSE colegiado é que vai decidir se aceita ou arquiva o pedido de
abertura de processo.
Fonte: Carolina
Martinhs – R7
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