O relatório Focus,
produzido pelo Banco Central com informações coletadas com operadores do
mercado financeiro, identificou que o setor espera inflação de 6,51% em 2014 –
índice maior do que o teto determinado pelo governo, que é de 6,5%. O deputado
federal César Colnago (PSDB-ES) afirmou nesta quarta-feira (23) que a projeção
mostra a falta de confiança que o mercado tem em relações às políticas do
governo da presidente Dilma Rousseff.
“O mercado já percebeu
que quando o governo diz uma coisa, o que acontece na verdade é outra. A
distância entre discurso e realidade é uma das marcas da gestão Dilma”, disse o
tucano.
Para o deputado, os
erros na condução da política energética são determinantes para o aumento do
temor de uma inflação alta. Colnago condenou o governo pela edição da Medida
Provisória 579 – o documento, produzido em 2012, modificou o setor sem as
negociações esperadas com as concessionárias estaduais, o que gerou descontrole
e aumento de preços.
Segundo a economista
Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, a alta “acima do esperado” foi
decisiva para a projeção pessimista para a inflação. Ela fez a declaração à
Folha de S. Paulo, que publicou nesta quarta-feira (23) reportagem sobre o
tema.
“Legado do governo
Dilma”
César Colnago disse que
a extinção da hiperinflação, alcançada durante a década de 1990, foi “uma
conquista da sociedade brasileira” que a população não admite ver comprometida.
“O povo sabe muito bem
o que é conviver com a inflação e não quer isso de volta. Por isso, criticamos
o governo Dilma, que trouxe novamente esse temor ao nosso cotidiano. Isso é,
sem dúvida, um dos maiores legados do governo Dilma”, disse.
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