segunda-feira, julho 07, 2014

CADA PONTO PERDIDO NA POPULARIDADE DA PRESIDENTA DILMA, VALE US$ 801 MILHÕES A MAIS EM CINCO ESTATAIS BRASILEIRAS (CERCA DE R$ 1,7 BILHÃO).


Como se sabe, cada vez que a presidente Dilma Rousseff cai nas pesquisas de intenção de voto, as empresas estatais brasileiras, tão maltratadas pelo governo federal nos últimos anos, se valorizam na bolsa. O inverso também é verdadeiro.
Economistas do instituto Insper, de São Paulo, fizeram as contas: cada ponto perdido na popularidade da petista vale US$ 801 milhões a mais em cinco estatais brasileiras (cerca de R$ 1,7 bilhão).
De acordo com reportagem publicada ontem na Folha de S. Paulo, investidores têm o pé atrás com a presidente porque avaliam que as intervenções do governo nas estatais prejudicam sua rentabilidade. Na visão do mercado, Brasília sacrifica o ganho dessas empresas para controlar preços e estimular o consumo.

O "efeito Dilma" foi medido pelo Insper num levantamento sobre o desempenho dos papéis de cinco estatais nos dias da divulgação das últimas 19 pesquisas Ibope e Datafolha. O cálculo se deu por meio das empresas Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras, Cemig e Cesp.
Somente neste ano, afirma o estudo, o "efeito Dilma" produziu um ganho, médio, de US$ 4,8 bilhões (R$ 10,6 bilhões) no valor dessas cinco estatais. Segundo o estudo, isso ocorreu porque de fevereiro a julho, a aprovação da presidente caiu de 41% para 35%.
O estudo fez modelos matemáticos. Mas além de intervir nas estatais brasileiras, o governo brasileiro praticou loteamento político, as tratou com descaso, esqueceu a competência e deixou aflorar a corrupção, como no caso evidente da Petrobras.

No caso da Eletrobras, há desde "pequenos erros" como os computadores das estatal serem utilizados para disparar calúnias contra o candidato Aécio Neves, até os grandes erros, como os bilionários prejuízos causados à empresa devido à mudança no setor elétrico. Apenas em 2013, o prejuízo nessa estatal foi de R$ 6,2 bilhões devido à má gestão.

Frente a isso, o que faz o governo. Pensa em melhorar a gestão? Não, pensa em nomear alguém para ser "interlocutor" do mercado, como revelou a própria Folha de ontem. Sabem que passada a euforia da Copa, a péssima situação da economia pode afetar para pior o humor do eleitor.
Resta, claro, portanto que a melhor maneira de "salvar" as empresas estatais brasileiras é trocar, democraticamente, a presidente da República por um outro mais afeito ao mérito e a competência nas próximas eleições.


Nenhum comentário: