Leo Pinheiro acompanhou de perto as apurações das
eleições de 2014. Um dos executivos da OAS encaminhou-lhe uma mensagem às 19h24
daquele domingo: “Informação de dentro do TSE: Aécio 5% na frente”.
De dentro do TSE? Quão dentro?…
“Dilma Porra”.
E Leozinho, Super Ministro da Infraestrutura,
comentou:
“Vamos lá!!!!! Dilminha ganhou!!!!!”.
Marlos Ápyus associou essas mensagens à repentina –
e bizarra – reviravolta no mapa da apuração: ( O antagonista)
GRAFICO APURAÇÃO
É bom recordar a matéria de Veja que liga Léo
Pinheiro ao Presidente do TSE, Ministro Dias Tóffoli
No dia 13 de novembro do ano passado, o engenheiro
Léo Pinheiro, sócio e presidente da empreiteira OAS, não imaginava que sua
rotina estaria prestes a sofrer uma reviravolta em algumas horas. Era noite de
quinta-feira. Trocando mensagens com um amigo, ele parecia tranquilo e
informava: “Estou indo para a África na segunda”. Depois, perguntou: “Você vai
ao aniversário do ministro Toffoli no domingo?”. O amigo respondeu que ainda
não sabia se compareceria à festa. Marcaram um encontro para o sábado no Rio de
Janeiro e outro para segunda-feira, 17, em São Paulo. Léo Pinheiro acabou não
indo à África, ao Rio, a São Paulo nem ao aniversário do ministro. A Polícia
Federal prendeu o engenheiro horas depois da troca de mensagens. Seis meses se
passaram e esse diálogo, aparentemente sem relevância, ganhou outra dimensão.
Léo Pinheiro foi solto na última semana no fim de um julgamento dividido, em
que o voto do ministro Toffoli foi decisivo para sua libertação. Toffoli votou
com o relator, ministro Teori Zavascki, para conceder habeas corpus ao
empreiteiro Ricardo Pessoa, da OAS – decisão logo estendida aos demais presos
da Lava-Jato. Se Toffoli tivesse votado contra a concessão do habeas corpus,
Pessoa e Léo Pinheiro teriam sido mantidos atrás das grades.
Léo Pinheiro, ponta de lança do esquema de corrupção
da Petrobras, acusado de desviar bilhões de reais e de subornar algumas dezenas
de políticos, deve sua soltura à inadequada e estranha proximidade com o
ministro Toffoli? É tão difícil afirmar que sim quanto que não. Para que os
empreiteiros continuassem presos bastaria que um dos outros ministros que
votaram a favor do habeas corpus, Gilmar Mendes e Teori Zavascki, tivesse
discordado do relator. A questão é que, até onde se sabe, nem Gilmar Mendes nem
Teori Zavascki têm relações com empreiteiros. Como mostra o relatório da
Polícia Federal, Toffoli é próximo de Léo Pinheiro, da OAS. Ambos são amigos
diletos do ex-presidente Lula, em cujo governo Toffoli, ex-advogado do PT, foi
nomeado para o STF.
VEJA teve acesso a um relatório produzido pelos
investigadores da Operação Lava-Jato a partir das mensagens encontradas nos
telefones apreendidos com Léo Pinheiro. O documento mostra que o empreiteiro
frequentava as altas esferas de poder da capital. O interlocutor que aparece
marcando encontros com ele no Rio e em São Paulo e a ida à festa de aniversário
de Toffoli é o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça
(STJ). Vale lembrar que Benedito chegou a ser o nome preferido do governo para
assumir uma vaga no STF. “As mensagens demonstram uma proximidade entre Léo
Pinheiro e Benedito Gonçalves, bem como a proximidade destes com o ministro
Toffoli”, conclui o relatório da Polícia Federal.
Fonte:Site cristal vox
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