quinta-feira, setembro 03, 2015

SERGIPE VAI FAZER SUA PARTE.GOVERNO E EMBRAPA FIRMAM PARCERIA PARA REVITALIZAR ÁREAS DEGRADADAS DO SÃO FRANCISCO


O projeto tem como diretrizes promover a educação ambiental entre os assentados, irrigantes e comunidades ribeirinhas, garantindo a regularização da produção de água, através do equilíbrio ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.
O chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Manoel Moacir Macedo, e o diretor-presidente do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), Marcos Wandir Lobão, firmaram nesta segunda-feira, 31, convênio de cooperação para promover a recuperação de áreas degradadas das bacias hidrográficas dos rios Jacaré-Curitiba e Betume, na região do Baixo São Francisco Sergipano.

A assinatura ocorreu durante a reunião do Conselho de Administração da Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec-SE). Assinaram como testemunhas o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Francisco Dantas, e demais membros do conselho. O convênio objetiva a integração de esforços visando o desenvolvimento do Projeto Águas do São Francisco, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que tem a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o SergipeTec como executores.

O projeto tem como diretrizes promover a educação ambiental entre os assentados, irrigantes e comunidades ribeirinhas, garantindo a regularização da produção de água, através do equilíbrio ambiental e uso sustentável dos recursos naturais. A Embrapa irá disponibilizar uma área de 20 hectares no Campo Experimental do Betume, localizado às margens rio São Francisco, no município de Neópolis, para o desenvolvimento dos trabalhos pelos agentes do SergipeTec e demais parceiros do projeto. No local será feito o plantio de mudas de espécies florestais nativas, que serão utilizadas na recuperação de nascentes e cursos d'água dentro das Áreas de Preservação Permanente (APPs) da região.

Além da educação ambiental e da recuperação de nascentes, o programa prevê a formação de uma rede de agentes para realizar o monitoramento qualitativo e quantitativo dos corpos d'água nas bacias hidrográficas do Rio Betume, Jacaré-Curituba e São Francisco. Para o plantio no campo da Embrapa, que deve começar em setembro, estão previstas ações de preparo das áreas, controle de formigas e plantas invasoras e isolamento das áreas, além do monitoramento e avaliação. Outras instituições têm se integrado como parceiras do projeto, a exemplo da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), que também cedeu área para o plantio de mudas florestais. Para Wandir, a integração dos parceiros tem sido fundamental para o desenvolvimento do projeto, que tem servido desde o início para demonstrar o quanto se pode agregar valor atuando em conjunto para resolver os problemas ambientais da região. "Trata-se de uma área de desenvolvimento humano bastante reprimido e ambientalmente muito sensível. Um projeto dessa natureza vai agregar muito conhecimento e recuperar a sustentabilidade do local", afirmou.


Saulo Coelho/Embrapa/Revista Caninde


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