O ministro-chefe da
Casa Civil, Jaques Wagner, defendeu nesta quinta-feira (8) que a presidente
Dilma Rousseff considerou a rejeição das contas pelo Tribunal de Contas da
União como “página virada” durante reunião ministerial. Em entrevista a
jornalistas no Palácio do Planalto, Wagner falou pela primeira vez como chefe
da Casa Civil do governo Dilma, após o anúncio da reforma ministerial.
Segundo o ex-governador da Bahia, o governo vai fazer uma “batalha” no
Congresso Nacional para evitar que as contas sejam rejeitadas pelo Parlamento.
“A presidenta é uma guerreira. Ela opera muito bem nas dificuldades.
Evidentemente que a gente preferia a análise feita pelo TCU culminando de outra
forma. Mas ela [Dilma] encarou com respeito a decisão do TCU e entende que esta
é uma página virada. E vamos fazer a batalha no julgamento que será feito pelo
Congresso Nacional”, disse o ministro. De acordo com o G1, Wagner evitou
“adjetivar” o processo e voltou a frisar que a análise do TCU foi técnica,
enquanto a do Congresso será política. Mesmo assim, acredita que isso não seria
suficiente para um eventual processo de impedimento de Dilma. “Processo
de impeachment cada um pode propor o que quiser. Não vejo como elemento de
prova um parecer que sequer foi votado. […] Eu acho muito difícil se tornar
isso como elemento de prova porque isso é pretérito e está claro que fatos
ocorridos antes de janeiro de 2015 não podem servir de base [para o
impeachment]”, avaliou.
Fonte: BN
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