Aparentemente, o motivo
do bloqueio do WhatsApp do Brasil é uma investigação criminal em São Bernardo
do Campo que não teve cooperação do serviço de mensagens. As informações estão
em um documento obtido pelo Gizmodo Brasil. Nele consta como origem o seguinte:
Grupo de Combate às Facções Criminosas (GCF). Parece coisa bem séria.
>>> Operadoras
vão bloquear WhatsApp por 48 horas no Brasil
O documento diz aquilo
que tanto a Folha quanto uma nota do Tribunal de Justiça de São Paulo disseram:
a partir das 0h do dia seguinte ao recebimento da ordem (ou seja, amanhã), o
aplicativo deve ser bloqueado por um período de 48 horas, retornando, portanto,
na madrugada de sexta-feira para sábado.
A ordem determina que
as operadoras bloqueiem acesso a domínios e subdomínios do WhatsApp e também
façam tudo o que "for necessário para a suspensão do tráfego de
informações, coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registro de dados
pessoais ou de comunicações entre usuários da rede".
O estranho do documento
obtido pelo Gizmodo Brasil, que foi enviado às operadoras, é que não dá para saber, de fato, o teor do
crime que levou a esse processo. Segundo Paulo Rená, chefe de pesquisa do
Instituto Beta para internet e democracia, que também analisou o documento,
isso pode significar muita coisa: pornografia infantil, tráfego de drogas ou
mesmo alguma denúncia sobre corrupção.
Oficialmente, as operadoras
dizem que vão acatar a decisão judicial, apesar de dizerem ser contra -- aliás,
muitas delas oferecem planos de WhatsApp ilimitado. A Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) disse à Folhaque não foi notificada da decisão, mas
acha que a medida é prejudicial aos usuários e desproporcional por prejudicar
milhões de consumidores.
Em nota, o TJ-SP disse
que a decisão foi tomada após o WhatsApp não atender uma determinação judicial
de julho. A empresa voltou a ser notificada em agosto, e seguiu sem atender ao
pedido da Justiça - o que resultou, portanto, na ordem de bloqueio.
Guilherme Tagiaroli/Beira rio Noticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário