quinta-feira, dezembro 10, 2015

O MILIONÁRIO FILHO DE LULA, TEM SIGILO QUEBRADO.

Empresa de Luis Claudio teria recebido R$ 2,5 milhões em contratos suspeitos. Foto: Jequiereporter.com.br/Reprodução

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, acolheu pedido do Ministério Público Federal e determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal da empresa LFT Marketing Esportivo, pertencente a um filho do ex-presidente Lula, Luis Claudio Lula da Silva, e do ex-ministro e ex-chefe do gabinete pessoal de Lula Gilberto Carvalho, hoje presidente do conselho nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria).

A decisão foi tomada há duas semanas e está sob segredo de Justiça. A investigação é um desdobramento da Operação Zelotes, desencadeada em março para apurar supostas fraudes e corrupção no Carf, conselho vinculado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de empresas contra multas aplicadas pela Receita Federal.

A investigação da PF e do Ministério Público revelou que a empresa de Luis Claudio recebeu, entre 2014 e 2015, um total de R$ 2,5 milhões da firma de lobby Marcondes e Mautoni, pertencente ao lobista e ex-diretor da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) Mauro Marcondes Machado.

Na mesma época, a Marcondes e Mautoni recebeu R$ 16 milhões de duas empresas, a MMC e a Caoa, que atuam com produtos da Hiunday e da Mitsubishi, segundo a PF interessadas em obter medidas do governo federal para estender benefícios fiscais no setor automotivo.

Sobre Gilberto Carvalho, os investigadores pretendem saber se ele recebeu alguma vantagem indevida enquanto trabalhava no governo e se ajudou de forma ilegal a edição de medidas provisórias que a PF considerou “compradas” para beneficiar o setor automotivo.

Procuradores que atuam na investigação pediram cautela sobre a avaliação do papel de Carvalho e levantaram a hipótese de o nome do ex-ministro ter sido usado indevidamente por lobistas. Em nota divulgada na quarta-feira, o advogado de Luis Claudio, Cristiano Zanin Martins, afirmou que tomará “as medidas cabíveis para impugnar a quebra de sigilo, para que ela também seja reconhecida ilegal pela instância superior”. (Folhapress)



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