O ministro da Saúde,
Marcelo Castro, sinalizou na quarta-feira, 9, que apoia a proposta do
governador Geraldo Alckmin (PSDB) de autorizar o uso da fosfoetanolamina
sintética, conhecida como "pílula do câncer", antes do fim dos testes
clínicos da substância.
"Tivemos uma
reunião com o governador e ele está defendendo que, após os ensaios de fase 1,
a gente possa liberar essa droga como uso compassivo, ou seja, para pessoas que
já tenham usado todas as drogas disponíveis e estejam em estado terminal, uma
vez que, pelo estágio 1, ela já demonstrou ser uma droga segura. Acho que é um
caminho que a gente pode seguir", disse Castro, após almoço com
empresários em São Paulo.
O secretário da Saúde,
David Uip, afirmou que a fase 1 do estudo deverá durar seis meses e os detalhes
do protocolo de pesquisa, que será coordenado pelo Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo, serão apresentados na próxima semana.
Prisão
Na terça-feira, 8,
suspeitos de vender cápsulas de fosfoetanolamina sintética foram presos pela
Polícia Civil no Distrito Federal. Os envolvidos seriam de uma mesma família
proveniente do interior de São Paulo. Os suspeitos teriam furtado cópia da
fórmula na Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP). Procurado, o
Instituto de Química disse que "nunca houve nenhum tipo de furto em suas
dependências e a fórmula é protegida por patente".
As cápsulas eram
produzidas ilegalmente no interior paulista e cada frasco era comercializado
por R$ 180. As entregas eram feitas via correio para todo o País e até para o
exterior. Os suspeitos estariam faturando mensalmente mais de R$ 900 mil.
Um químico de 50 anos
seria o responsável por produzir as cápsulas, enquanto seu irmão coordenava os
pedidos e o esquema de distribuição. Mais três familiares estariam envolvidos
no crime e estão foragidos. Todos foram indiciados por associação criminosa e
venda ilegal de medicamentos, cujas penas podem passar de 20 anos.
Diário de Pernambuco.
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