terça-feira, dezembro 29, 2015

SEU FILHO USA DROGAS? PODE SER VICIO OU ATE DOENÇA.



Muitas pessoas atualmente sofrem com a dependência química também chamada de toxicomania ou de drogadição. Atualmente conceituada como uma doença, que possui uma causa ligada a alterações do funcionamento cerebral, não se pode afirmar que exista uma causa única para a dependência ou uma personalidade típica do dependente, o que existe são determinantes que tornam o indivíduo vulnerável a droga, podendo ser de natureza psicológica e/ou social. O seu uso é um comportamento prazeroso mas que a longo prazo, ou em alguns casos, podem causar diversos danos instantâneos à saúde do usuário, bem como consequências maléficas à família e a vida social do indivíduo. Elas provocam diversos comprometimentos nas funções cognitivas (déficits na memória, na atenção, nas funções executivas e nas soluções de problemas). Deste modo, é importante que as famílias que enfrentam essa situação dê o primeiro passo em busca de ajuda, como também, o dependente químico reconheça que necessita ser ajudado para partir daí, dá-se início ao tratamento.


Como o usuário de drogas é percebido atualmente?
É importante ressaltar que a sociedade e a família ainda vê o usuário de drogas como uma pessoa que possui uma falha no caráter, acham que são pessoas sem moral. Essa postura não contribui em nada para o tratamento/melhoramento, pois geralmente os familiares acreditam que se eles quisessem conseguiriam se livrar das drogas. Mas é preciso salientar que o uso de drogas é um problema de saúde mental e física, que apresenta uma série de prejuízos e comportamentos devido ao seu consumo, sendo considerada como uma doença crônica como a diabetes, entre outras. É necessário que a pessoa que faz uso de substâncias psicoativas compreenda que o seu uso é extremamente danoso para a sua integridade, que seu prazer momentâneo, ao longo do tempo, se tornará prejudicial, gerando desprazer e angustia. Entretanto qualquer tentativa de mudança é válida, uma simples conversa, o apoio familiar e nos casos mais extremos o tratamento com equipe especializada e o apoio da terapia cognitiva comportamental.

 

A quem recorrer no caso do usuário de que deseja ser ajudado?
Devido ao caráter crônico e redicivante o problema é grave e envolve múltiplos fatores. Por isso, o enfoque do tratamento deve ser muitas vezes eclético, envolvendo a psicologia, a psiquiatria e outras áreas que buscam integrar o maior apoio. No caso da psicoterapia torna-se importante porque para a maiorias das pessoas é relativamente fácil mudar temporariamente qualquer comportamento indesejado, embora no dia-a-dia percebe-se que não é fácil mudar a rotina e os comportamento que levam ao uso excessivo da droga. A manutenção dessa mudança, no entanto, é tarefa bem mais complexa e difícil. Aconselhamento (individual ou em grupo) e outras terapias comportamentais são componentes críticos de um tratamento eficaz para a dependência. A terapia tem como objetivo resolver questões de motivação, ajustamento, treinamento de habilidades, técnicas específicas e melhorar a capacidade de resolução de problemas. Também facilita as relações interpessoais e a convivência em comunidade.

Que mensagem você deixaria para quem encontra-se nesta situação?
No que se refere à drogadição sabe-se que as pessoas com este problema podem persistir em seus hábitos, apesar do sofrimento e perdas pessoais. Obviamente, um simples aumento das consequências dolorosas nem sempre consegue deter estes comportamentos. Por vezes essas consequências parecem apenas fortalecer e arraigar ainda mais um padrão de comportamento. Por isso oriento é que fundamental inicialmente reconhecer que precisa de ajuda. Este é o primeiro passo, a família precisa se conscientizar que se não agirem enquanto coparticipantes desta empreitada tudo pode se tornar mais difícil. O objetivo maior é apoiar! A terapia cognitiva comportamental provavelmente não proverá uma panaceia para dependência a drogas, mas existem evidencias encorajadoras e estudos e pesquisas de que a terapia tem uma contribuição significativa e muito importante para o melhoramento e qualidade de vida do dependente químico.


Wellington Andrade – Psicólogo Clínico. CRP – 03/IP12736. Pós – graduando em Psicoterapia Comportamental – Participou do curso de prevenção dos problemas relacionados ao uso de drogas em parceria com a UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Atua como psicólogo clínico de criança, adolescentes e adultos, terapia de casal, apoio aos usuários de drogas, habilidades sociais e treino de pais.

Atendimentos

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Ozildo Alves

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