Muitas pessoas
atualmente sofrem com a dependência química também chamada de toxicomania ou de
drogadição. Atualmente conceituada como uma doença, que possui uma causa ligada
a alterações do funcionamento cerebral, não se pode afirmar que exista uma
causa única para a dependência ou uma personalidade típica do dependente, o que
existe são determinantes que tornam o indivíduo vulnerável a droga, podendo ser
de natureza psicológica e/ou social. O seu uso é um comportamento prazeroso mas
que a longo prazo, ou em alguns casos, podem causar diversos danos instantâneos
à saúde do usuário, bem como consequências maléficas à família e a vida social
do indivíduo. Elas provocam diversos comprometimentos nas funções cognitivas
(déficits na memória, na atenção, nas funções executivas e nas soluções de
problemas). Deste modo, é importante que as famílias que enfrentam essa
situação dê o primeiro passo em busca de ajuda, como também, o dependente
químico reconheça que necessita ser ajudado para partir daí, dá-se início ao
tratamento.
Como o usuário de
drogas é percebido atualmente?
É importante ressaltar
que a sociedade e a família ainda vê o usuário de drogas como uma pessoa que
possui uma falha no caráter, acham que são pessoas sem moral. Essa postura não
contribui em nada para o tratamento/melhoramento, pois geralmente os familiares
acreditam que se eles quisessem conseguiriam se livrar das drogas. Mas é
preciso salientar que o uso de drogas é um problema de saúde mental e física,
que apresenta uma série de prejuízos e comportamentos devido ao seu consumo,
sendo considerada como uma doença crônica como a diabetes, entre outras. É
necessário que a pessoa que faz uso de substâncias psicoativas compreenda que o
seu uso é extremamente danoso para a sua integridade, que seu prazer
momentâneo, ao longo do tempo, se tornará prejudicial, gerando desprazer e
angustia. Entretanto qualquer tentativa de mudança é válida, uma simples
conversa, o apoio familiar e nos casos mais extremos o tratamento com equipe
especializada e o apoio da terapia cognitiva comportamental.
A quem recorrer no caso
do usuário de que deseja ser ajudado?
Devido ao caráter
crônico e redicivante o problema é grave e envolve múltiplos fatores. Por isso,
o enfoque do tratamento deve ser muitas vezes eclético, envolvendo a
psicologia, a psiquiatria e outras áreas que buscam integrar o maior apoio. No
caso da psicoterapia torna-se importante porque para a maiorias das pessoas é
relativamente fácil mudar temporariamente qualquer comportamento indesejado,
embora no dia-a-dia percebe-se que não é fácil mudar a rotina e os
comportamento que levam ao uso excessivo da droga. A manutenção dessa mudança,
no entanto, é tarefa bem mais complexa e difícil. Aconselhamento (individual ou
em grupo) e outras terapias comportamentais são componentes críticos de um
tratamento eficaz para a dependência. A terapia tem como objetivo resolver
questões de motivação, ajustamento, treinamento de habilidades, técnicas
específicas e melhorar a capacidade de resolução de problemas. Também facilita
as relações interpessoais e a convivência em comunidade.
Que mensagem você
deixaria para quem encontra-se nesta situação?
No que se refere à
drogadição sabe-se que as pessoas com este problema podem persistir em seus
hábitos, apesar do sofrimento e perdas pessoais. Obviamente, um simples aumento
das consequências dolorosas nem sempre consegue deter estes comportamentos. Por
vezes essas consequências parecem apenas fortalecer e arraigar ainda mais um
padrão de comportamento. Por isso oriento é que fundamental inicialmente
reconhecer que precisa de ajuda. Este é o primeiro passo, a família precisa se
conscientizar que se não agirem enquanto coparticipantes desta empreitada tudo
pode se tornar mais difícil. O objetivo maior é apoiar! A terapia cognitiva
comportamental provavelmente não proverá uma panaceia para dependência a
drogas, mas existem evidencias encorajadoras e estudos e pesquisas de que a
terapia tem uma contribuição significativa e muito importante para o
melhoramento e qualidade de vida do dependente químico.
Wellington Andrade –
Psicólogo Clínico. CRP – 03/IP12736. Pós – graduando em Psicoterapia
Comportamental – Participou do curso de prevenção dos problemas relacionados ao
uso de drogas em parceria com a UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.
Atua como psicólogo clínico de criança, adolescentes e adultos, terapia de
casal, apoio aos usuários de drogas, habilidades sociais e treino de pais.
Atendimentos
Clinica CVS – Rua das
Mangueiras, CHESF. 3281-3736 / 75 – 99237.9037 /75- 98848.2525. Atendimento
pelos Planos: Fachesf, Golden Cross,Cassi, Bradesco Saúde, Saúde Caixa, Amil,
Ggeap, Hapvida, Nordeste, Medial, OAB, Amachesf, Vale Saúde,
Clínica Orthoimage – Av
dos Estudantes , 29 BNH. 3282-1688
Ozildo Alves
Ozildo Alves
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