O entregador de valores
Carlos Alexandre de Souza Rocha (“Ceará”) disse em sua delação premiada,
divulgada pelo, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) era “o mais chato” na
cobrança de propina junto à empreiteira UTC.
Ceará trabalhava com
Alberto Youssef. Segundo a reportagem, ele afirmou ainda ter levado R$ 300 mil
a um diretor da UTC no Rio, de sobrenome Miranda, que seriam destinados a
Aécio.
O delator contou que
Miranda estava ansioso pela “encomenda” e teria lhe falado: “Esse dinheiro ta
me sendo muito cobrado”.
Ceará teria questionado
o diretor da UTC, que teria respondido que o destinatário do dinheiro era o
senador tucano. “[Miranda] ainda falou que era o mais chato que tinha para
cobrar”, revelou Rocha.
A Folha também refere
que “Ceará” acusou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de ter recebido
propina em delação. Porém, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori
Zavascki determinou o arquivamento da investigação depois de uma contradição
com o depoimento de outro delator.
Resposta
Em dezembro, época da
delação de Ceará, o senador tucano já havia negado as afirmações do delator,
classificando-a como “absurda e irresponsável” à citação de seu nome, “sem
nenhum tipo de comprovação”.
“Trata-se de mais uma
falsa denúncia com o claro objetivo de tentar constranger o PSDB, confundir a
opinião pública e desviar o foco das investigações”. “A falsidade da acusação
pode ser constatada também pela total ausência de lógica: o senador não exerce influência
nas empresas do governo federal com as quais a empresa atuava e não era sequer
candidato à época mencionada. O senador não conhece a pessoa mencionada e de
todas as eleições de que participou, a única campanha que recebeu doação
eleitoral da UTC foi a de 2014, através do Comitê Financeiro do PSDB”. A UTC
disse que “a acusação não tem fundamento”.
Didi Galvão
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