Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que não se pode traduzir
algo tão poderoso e impalpável, como o ocorrido neste sábado (16), desde as
primeiras horas da chegada do bispo dom Guido Zendron, de Aparecida (SP) com a
imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida a Paulo Afonso.
Em vista dois
jubileus: dos 300 anos da aparição da imagem às margens do Rio Paraíba, mais
precisamente na rede dos pescadores, que serão completados em 2017, por isso a
peregrinação pelo Brasil inteiro da Padroeira e os 45 anos da Diocese de Paulo
Afonso, que serão completados em setembro.
O bispo surpreendido no povoado Riacho, mas antes já no seminário
em Feira de Santana, e depois na paróquia Sagrada Família, no BTN II, disse não
se tratar somente de um momento celebrativo para a igreja, mas para a comunidade
e a família.
“Aqui para o amor
e a alegria da família, então nós queremos que a visita que acontecerá nas
paróquias, até o próximo dia 20 de outubro, seja um momento importante pela
vida de cada um de nós, das nossas famílias e também para o nosso país.”
Neste momento, ainda no BTN, o bispo comenta as aflições pelas
quais passa o país: “Estamos vivendo dias difíceis, e vamos pedir a interseção
de Nossa Senhora que nos ajude a corresponder aos chamados do senhor com uma
vida santa”.
“/Ave Maria/ cremos em vós/ Virgem Maria/
Rogais por nós/...”
Pouco depois das
17h, com os carros enfileirados, num percurso que não consome 10km, entre a
paróquia Sagrada Família e a Catedral, levou mais de uma hora e meia.
Em muitas
passagens era necessário o carro do corpo bombeiros frear um pouquinho, porque
tinha um doente, às vezes outro com a idade mais avançada, à beira da porta, e
à pista, vinham grupos, até chegar a Perpétuo Socorro e a grande recepção
organizada por Pe. Gilmar junto aos fiéis, com muita alegria. Já estávamos nos
milhares.
Logicamente o catolicismo não é apenas uma religião. Trata-se de
uma cultura, um jeito que temos de nos reconhecemos como povo – o Sinal da
Cruz! - onde passamos crentes à Imaculada, ou não, houve respeito. Ouso dizer
que, no fim de semana, e sábado, até entre os não sóbrios, se ouvia: “Olha a
santa!”
A chegada,
finalmente, à Catedral de Fátima, está para o momento em que não se aprende na
escola como explicar. Lindo!
“Quantos olhos cheios de lágrimas, não diante da imagem, mas do
que ela representa”, dom Guido durante a homilia, se ateve aos passos de Maria,
após a anunciação do anjo:
“O mais importante
é deixar que a humanidade de Maria, seja a minha, que o modo de Maria olhar
Jesus, seja o meu, para podermos ser mais amigos de Cristo”.
Ozildo Alves
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