quinta-feira, junho 09, 2016

CASO BEATRIZ.

Beatriz Angélica Mota

Na noite de 10 de dezembro de 2015, a pequena Beatriz Angélica Mota, de sete anos, era barbaramente assassinada nas dependências do colégio que estudava, em Petrolina. Nesta sexta-feira (10) o crime que chocou uma sociedade inteira, não só em Petrolina como em Juazeiro (BA) – onde a menina morava – e em toda a região, completará seis meses de mistério acerca do responsável (ou responsáveis) pela morte de Beatriz.  Um dos colaboradores assíduos deste Blog, o poeta Carlos Laerte rende uma singela homenagem à menina e cobra que a verdade, enfim, venha à tona.

Boa leitura:

Silêncio

O silêncio

cala alto

o sangue inocente

que se perdeu.

De mãos amarradas

segue junto o choro,

a dor das mães

e  a esperança das margens.

Mas, como em todo silêncio sobrevive

um som, esperamos,

entre as paredes divinas

soar, ainda que tarde,

os murmúrios gritantes da verdade.

E se ainda assim,

insistirem em reverberar

as dúvidas da mentira útil,

que seja vil este propósito,

pretérito infame.

Pois, ainda que pareça longe,

está perto o dia em que

estaremos em silêncio e paz

regando a boa e angelical

lembrança da menina

Beatriz.


Carlos Laerte/Poeta, Jornalista e Publicitário 
Carlos Britto 

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