sábado, setembro 03, 2016

INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA CRESCE 4 VEZES

 Foto: GazetaDoPovo

A inclusão de pessoas com deficiência no Ensino Médio aumentou quase quatro vezes em oito anos.

Em 2015 havia 62.167 alunos no Ensino Médio com alguma deficiência, contra 15.935 em 2007.

O levantamento é do Instituto Unibanco, com base nos dados do Censo Escolar do Ministério da Educação (MEC) de 2015,

O crescimento do número de estudantes com alguma deficiência é verificado em todas as etapas da educação básica, mas o movimento de inclusão vai perdendo força até chegar ao Ensino Médio.

No primeiro ciclo do Ensino Fundamental, os alunos com deficiência correspondem a 2,9% do total de matrículas, proporção que diminui para 1,8% na segunda etapa deste nível de ensino e atinge apenas 0,8% no Ensino Médio.

Os dados sinalizam que, apesar dos avanços ao longo dos anos, muitos estudantes abandonam as escolas.

“Não se trata apenas de acolher o estudante com deficiência que chega a escola. É necessário um trabalho coletivo, que envolva toda a equipe escolar, a elaboração de um plano individualizado para o estudante, o desenvolvimento de estratégias e recursos adequados, bem como o compartilhamento de conhecimentos e experiências entre professores, coordenadores, técnicos”.

É o que diz o superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.

“A inclusão escolar desencadeia um movimento na escola. O gestor escolar é figura-chave neste processo e pode garantir que a inclusão permeie as diretrizes e práticas da escola, colocando o estudante, com deficiência ou não, no centro do processo de ensino-aprendizagem, no sentido de que suas necessidades, demandas e interesses sejam o ponto de partida para mobilizar os recursos para o seu desenvolvimento”, completa.

Ainda que os desafios de acesso e progressão continuem significativos, as estatísticas do Censo Escolar indicam que houve avanço expressivo na proporção de alunos com deficiência matriculados em classes regulares.

Em 1998, apenas 13% conviviam com as demais crianças nas mesmas salas de aula. Em 2013, este percentual passou a 79%, sendo 98% no Ensino Médio, em que pese ainda serem poucos os jovens com deficiência que chegam até este nível de ensino.

Este crescimento foi resultado de diversas políticas públicas adotadas nesse período que sinalizaram para o direito dessas crianças, jovens e adolescentes à escola regular, como a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, aprovada em 2008.

Com informações do Imstituto Unibanco/ Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNoticiaBoa.


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