Novo coordenador do
Conselho de Desenvolvimento da Bahia, o ex-governador Jaques Wagner afirmou,
durante sua posse, que será um “soldado do comandante Rui Costa”. "Eu não
sou grau de recurso da decisão de Rui Costa. Quem decide é o governador do
Estado. Eu, a partir de hoje, passo a ser um auxiliar dele, como ele já foi meu
auxiliar", garantiu, ao rebater o comentário sobre a proximidade entre os
petistas. Em seu discurso durante a cerimônia, realizada nesta segunda-feira
(21) na Governadoria, Wagner falou sobre o seu “recomeço” após deixar o cargo
de Ministro da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment
em agosto deste ano. “Tem cheiro de recomeço, em condições diferentes, mas de
uma certa forma eu era ministro, deixei de ser ministro por uma violência que
foi feita na democracia brasileira, que está aí feito. E a história vai tratar
de analisa-la.
A gente está vendo várias coisas acontecendo”, pontuou. “Tem o
salário de Fátima da aposentaria, então eu não ia passar fome, mas precisava
trabalhar", brincou, no tom bem peculiar que acompanha a trajetória do
ex-governador. O ex-ministro lembrou que desde o impeachment havia decidido
auxiliar o governo baiano e explicou o que o levou ao “Conselhão”: “Para deixar
bem claro, eu não venho aqui para fazer o papel da secretaria A ou B. Eu sempre
digo que Deus escreve certo por linhas que às vezes não compreendemos. Quando
houve a ruptura do governo da presidente Dilma eu disse: 'Bom, eu vou voltar
para ajudar a Bahia'. Aí ficou essa discussão se ia ser secretário e eu não
poderia chegar ao governo já criando um problema para o governador. E a verdade
é que estamos em um momento de restrição de despesas e não poderia ser eu a
chegar para contribuir já virando um problema, onde ele quebraria uma regra e o
compromisso dele na restrição na criação de cargos”. O novo Wagner aproveitou,
ainda, para criticar as comparações feitas entre a sua gestão e a de Rui Costa
à frente do governo da Bahia. “Primeiro que eu acho que o homem que faz o
posto, não o posto que faz o homem. É sentado em qualquer cadeira que, se você
tiver disposição para trabalhar, você constrói. Segundo, eu acho uma certa
crueldade alguns quererem comparar os meus oito anos de governo com os dois
anos de governo do governador Rui Costa. Porque as realidades são completamente
diferentes. Eu diria que e o governei nos anos das vacas gordas do presidente
Lula e da presidenta Dilma. Em que você tinha um volume de dinheiro para
investimento, seja por receita própria, seja
por receita repassada, totalmente diferente do momento que está se
vivendo hoje. Segundo que o ambiente político em que eu governei era muito
melhor do que o que se vive hoje”, avaliou.
Bahia Noticias
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