Um projeto apresentado
em novembro do ano passado pelo deputado federal Marcelo Aguiar (DEM) tem
causado repercussão por propor que as operadoras criem um sistema que permita
filtrar e interromper automaticamente na internet todos os conteúdos de sexo
virtual, sites pornográficos e prostituição. Por determinação da Mesa Diretora,
o projeto está submetido à apreciação conclusiva pelas comissões, sem
necessidade de passar ao Plenário. Membro da bancada evangélica, Aguiar é autor
de uma lista de projetos contrários a proposições ligadas à área de direitos
humanos. Ainda em maio do ano passado, assinou, junto a outros parlamentares,
um Projeto de Decreto Administrativo (PDC) que susta a norma que dispõe sobre o
uso do nome social e reconhecimento de identidade de gênero de pessoas
travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional. Em setembro de 2015, também assinou outro PDC de
múltipla autoria que cancela a Portaria do Ministério da Educação, que institui
Comitê de Gênero na pasta. Outro PDC, apresentado em março, quer anular uma
resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos
Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, que "estabelece
parâmetros para a garantia das condições de acesso e permanência de pessoas
travestis e transexuais - e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero
não reconhecida em diferentes espaços sociais - nos sistemas e instituições de
ensino”. Ele também participou de requerimento conjunto que pede informações do
Ministro da Saúde sobre Termos de Cooperação e Convênios destinados a estudos e
pesquisas sobre aborto e descriminalização do aborto no Brasil. O Ministro da
Saúde foi novamente alvo de requerimento sobre viagens oficiais internacionais
feitas por servidores da pasta, para estudo de programas e projetos sobre
aborto seguro. Sozinho, Aguiar apresentou requerimento para a criação da
Comissão Externa Temporária para coletar informações e monitorar resultados dos
estados e municípios “que já implementaram a chamada ‘Ideologia de Gênero’ nas
escolas.
BN
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