Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (1º) pelo IBGE mostra que os brasileiros estão vivendo mais. Essa expectativa de vida maior mexe automaticamente com as regras da aposentadoria.
Os números do IBGE divulgados nesta quinta-feira (1º) comprovam o que já vemos nas ruas. E são uma boa notícia, por exemplo, para as crianças nascidas no ano passado que devem viver, em média, muito mais do que seus pais.
Entre 1980 e 2010, a expectativa de vida dos brasileiros subiu de 62 anos e 7 meses para 73 anos e 6 meses. As mulheres continuam vivendo mais do que os homens: 69 anos e 9 meses para eles e 77 anos e 4 meses para elas. Uma das explicações é a violência, que mata mais homens.
“São os óbitos violentos: homicídio, suicídio, acidente de trânsito. Essas causas atingem, basicamente, os homens”, detalha Fernando de Albuquerque, pesquisador do IBGE.
Uma das razões para o aumento da esperança média de vida é que a mortalidade infantil também caiu no período. De 69 para 21 óbitos por mil crianças nascidas vivas.
O índice do IBGE de expectativa de vida tem aplicação prática e imediata que interessa a milhares de brasileiros que vão se aposentar nos próximos meses por tempo de serviço. É que o número entra no cálculo do fator previdenciário que vai definir o valor da aposentadoria.
Para não ter o benefício reduzido, o trabalhador vai ter que adiar um pouco a aposentadoria. Por exemplo, uma pessoa com 60 anos de idade e 35 anos de contribuição terá que trabalhar por mais 41 dias para receber o mesmo valor do antigo fator previdenciário.
“Esse fator foi criado para estimular o trabalhador a se aposentar mais tarde. Mais tempo no mercado, ele tem resultado maior na pensão”, afirmou Leonardo Rolim, secretário de políticas de Previdência.
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