A empresa DCO
Informática Comércio e Serviços Ltda., que recebeu R$ 4,8 milhões da campanha
da presidente afastada Dilma Rousseff e do vice Michel Temer em 2014 para
enviar mensagens de WhatsApp, funcionava apenas com um notebook e um servidor.
A informação consta de ofício enviado pela secretaria municipal de Finanças de
Uberlândia (MG) ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar
Mendes, como parte do processo que investiga supostas fraudes nas contas da
chapa nas eleições passadas. Segundo O Globo, a empresa recebeu o montante em
apenas quatro dias de outubro daquele ano, como apontam pagamentos que constam
da prestação de contas. "O estabelecimento não possui identificação na
fachada, aparentemente também funciona como residência. De acordo com o sócio
administrador, a mudança de endereço ocorreu em janeiro de 2014. Ele alega que
a empresa possui um servidor, um notebook e três funcionários não registrados
na CLT", diz o ofício enviado ao TSE. As informações foram enviadas por
Mendes ao Supremo Tribunal Federal, onde o caso está sob relatoria do ministro
Edson Fachin. O caso também é analisado pela Procuradoria Geral da República.
Em maio, Gilmar havia pedido ao Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia
Federal (PF) que investigassem indícios de irregularidades em relação a duas
empresas que prestaram serviços para chapa Dilma-Temer em 2014. Segundo
informações prestadas pela Secretaria de Fazenda de Minas Gerais, a DCO e a
Door2Door Log Serviços tiveram seus cadastros bloqueados de forma suspeita.
Nesta quarta-feira (27), Dilma culpou o PT por pagamentos de sua campanha
feitos ao marqueteiro baiano João Santana, investigado na Lava-Jato.
BN.
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