A inclusão de pessoas
com deficiência no Ensino Médio aumentou quase quatro vezes em oito anos.
Em 2015 havia 62.167
alunos no Ensino Médio com alguma deficiência, contra 15.935 em 2007.
O levantamento é do
Instituto Unibanco, com base nos dados do Censo Escolar do Ministério da
Educação (MEC) de 2015,
O crescimento do número
de estudantes com alguma deficiência é verificado em todas as etapas da
educação básica, mas o movimento de inclusão vai perdendo força até chegar ao
Ensino Médio.
No primeiro ciclo do
Ensino Fundamental, os alunos com deficiência correspondem a 2,9% do total de
matrículas, proporção que diminui para 1,8% na segunda etapa deste nível de
ensino e atinge apenas 0,8% no Ensino Médio.
Os dados sinalizam que,
apesar dos avanços ao longo dos anos, muitos estudantes abandonam as escolas.
“Não se trata apenas de
acolher o estudante com deficiência que chega a escola. É necessário um
trabalho coletivo, que envolva toda a equipe escolar, a elaboração de um plano
individualizado para o estudante, o desenvolvimento de estratégias e recursos
adequados, bem como o compartilhamento de conhecimentos e experiências entre
professores, coordenadores, técnicos”.
É o que diz o
superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.
“A inclusão escolar
desencadeia um movimento na escola. O gestor escolar é figura-chave neste
processo e pode garantir que a inclusão permeie as diretrizes e práticas da
escola, colocando o estudante, com deficiência ou não, no centro do processo de
ensino-aprendizagem, no sentido de que suas necessidades, demandas e interesses
sejam o ponto de partida para mobilizar os recursos para o seu
desenvolvimento”, completa.
Ainda que os desafios
de acesso e progressão continuem significativos, as estatísticas do Censo
Escolar indicam que houve avanço expressivo na proporção de alunos com
deficiência matriculados em classes regulares.
Em 1998, apenas 13%
conviviam com as demais crianças nas mesmas salas de aula. Em 2013, este
percentual passou a 79%, sendo 98% no Ensino Médio, em que pese ainda serem
poucos os jovens com deficiência que chegam até este nível de ensino.
Este crescimento foi
resultado de diversas políticas públicas adotadas nesse período que sinalizaram
para o direito dessas crianças, jovens e adolescentes à escola regular, como a
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,
aprovada em 2008.
Com informações do
Imstituto Unibanco/ Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNoticiaBoa.
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