A causa envolve uma
disputa de R$ 35 milhões (agravo de instrumento interposto em execução de
honorários). Bastante exaltado, Córdova não economizou nas críticas e exigiu
apuração do Ministério Púbico.
- Este julgamento
merece ser impugnado porque ele está comprado -, bradou o advogado do púlpito.
Diante da denúncia
considerada infundada pelo desembargador, Gallo exigiu que se desse ordem de
prisão ao advogado. Reclamou dos excessos verbais e disse nunca ter sido
chamado de vagabundo em 25 anos de magistratura. Para acalmar os ânimos, o
presidente da Câmara, desembargador Raulino Brunning, pediu vista dos autos,
suspendeu o julgamento e decidiu oficiar o Ministério Publico e OAB para
acompanharem o caso.
Um vídeo que mostra o
momento do auge da discussão circulou rapidamente em grupos sociais na
internet. O presidente da OAB-SC, Paulo Brincas, determinou a instauração de
uma comissão que será presidida por ele para apurar os fatos. O presidente em
exercício do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador Alexandre
d'Ivanenko, também informou por meio da assessoria de comunicação que já tinha
ciência do ocorrido e pretende analisar o caso para depois se manifestar.
A coluna também
procurou o desembargador Gallo, via assessoria do TJ, mas foi informada que ele
não estava mais na corte.
Aliás
Independentemente da
polêmica, a gravidade da denúncia exige uma rápida apuração dos fatos com toda
a transparência necessária e respeito aos princípios legais. Caberá à OAB,
Tribunal e Justiça e ao próprio Ministério Público assumirem o protagonismo do
caso, evitando que o tema fique restrito aos compartilhamentos nas redes
sociais. Inclusive pelo bem da carreira dos envolvidos.
Por enquanto, o mundo
jurídico ainda está estupefato diante do episódio.
http://dc.clicrbs.com.br/Rafael Martins
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