Desde a formação da VI
República do Brasil a população já presenciou diversas formas de protestos,
duas culminaram com impeachment de dois presidentes: Fernando Collor de Melo e
Dilma Rousseff; bem como a renovação de grande parte do Congresso Nacional a
partir do pleito eleitoral de 2018. Nesse sentido tanto o Poder Executivo, como
o Legislativo sentiram as forças das ruas, agora, parece que chegou a vez do
Poder Judiciário.
Nas redes sociais a
população vem ao longos dos últimos meses manifestando-se fortemente contra o
Poder Judiciário, alguns chegam tanto na internet como nas universidades a
abordarem as ações do STF como "a ditadura do judiciário",
complementando com argumentações que afirmam que a Suprema Corte vem tomando
para si atribuições dos outros poderes e passando muitas vezes a legislar e
executar.
Para os críticos das
ruas e internet, o caso referente a Lava Jato parece ter sido a gota d'água. Na
última quinta, 14, o STF decidiu por 6 votos a 5, que Justiça Eleitoral deve
investigar casos de corrupção com caixa 2. O receio dos membros da força-tarefa
da Lava Jato é que o entendimento possa resultar em penas mais brandas para os
investigados pela operação, já que a Justiça Eleitoral não é conhecida por sua
rigidez.
Para muitos a decisão é
um dia feliz para os corruptos e um passo no progressivo definhar da Lava Jato,
que em 5 anos, teve 60 fases, com 310 prisões e 1.196 buscas e apreensões.
Inconformados com
decisões que o STF vem tomando e como vem tomando, o Senado Federal já tem o
número de assinaturas necessárias para a abertura da CPI denominada de
"Lava Toga". Por outro lado, parlamentares apresentam projetos de lei
para por fim ao tempo de aposentadoria dos ministros do STF.
Nesse sentido grupos como MBL e Vem pra Rua estão
organizando para esse domingo protesto em cerca de, ao menos, 40 cidades do
Brasil como forma de criticar e pressionar o STF e garantir apoio a Operação
Lava Jato.
A onda vem inspirada no ato do Congresso Peruano que
em julho de 2018 destituiu a cúpula do judiciário do país. Nesse sentido postou
o "Príncipe", codinome popular de como é conhecido o deputado federal
Luiz Phelippe de Orleans e Bragança:
Dessa vez foi a população do Peru que deu o exemplo para região do que fazer com juízes “supremos”.
Portal eusouazul.com
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