Que
Salgueiro é uma cidade festiva e valoriza as raízes culturais ninguém tem
dúvidas. Quando se trata das manifestações do calendário anual, o governo
municipal tem aberto espaço para os artistas e produções alinhados, principalmente,
com a cultura nordestina através de seus aparelhos socioculturais e das
parcerias, como a Casa do Sanfoneiro inaugurada ano passado com o intuito de
valorizar o artista local e o instrumentista da sanfona. Vários artistas da
sanfona já passaram pela casa mostrando seu talento a exemplo de Antônio da
Mutuca, Epitácio Pessoa, Danilo Pernambucano, entre outros.
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Um
dos pontos altos do espaço foi a virada do forró, em dezembro passado, que
culminou com as comemorações em torno do centenário de nascimento do Rei do
Baião, Luiz Gonzaga. Com sucesso, o evento atraiu visitantes da cidade e de
outras localidades da região. A Casa do Sanfoneiro foi montada pela
Prefeitura em parceria com a Associação de Sanfoneiro de Salgueiro (ASS). A
cada sábado, sempre a partir das 21h, as instalações da Casa do Sanfoneiro -
que fica no pátio da antiga estação ferroviária, continua recebendo amantes
do autêntico forró pé de serra e suas vertentes.
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O
espaço interno e externo da casa conta com uma vila cenográfica, alpendre,
cerca e mesas ao ar livre. O aposentado Manoel Francisco Costa Parente, 67
anos, é um dos frequentadores assíduos da casa abre suas portas que os
artistas mostrem seu talento e o público possa se divertir. “O público
começou tímido porque era novidade. No começo só vinham eu e outros amigos
aposentados, mas agora não tem um sábado que não lote. Aqui é uma festa
coletiva. Tá ficando até apertado pra se dançar, mas é um lugar muito bom que
nos garante música nordestina”, disse o aposentado, apontando o espaço surgiu
num grande momento para a cultura local.
A
estudante Emanuella Costa Oliveira, 27, foi uma das visitantes que conheceu a
Casa na virada do forró realizada em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga,
em dezembro do ano passado. “Antes da virada só conhecia a Casa por nome,
pois pensava que era freqüentada só por pessoas idosas, quando estive na
virada fiquem encantada com a decoração, um espaço agradável, e vi que não
era só jovens que freqüentava, tinha pessoas de todas as idades, e desde
então todos os sábados minhas amigas e eu estamos aqui”, disse a estudante.
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