No
próximo dia 16, começa as novenas da festa do Senhor do Bonfim de Chorrochó-BA.
E hoje falaremos um pouco da historia dos padres e de pessoa que contribuíram com a nossa paróquia.
ANTONIO
VICENTE MENDES MACIEL
Nasceu
em Quixeramobim – CE a 13 de março de 1830, Casou-se mas foi abandonado pela
esposa, entregou-se à vida de pregador fanático e dava conselhos aos que vinham
à sua procura, por isso “Antonio Conselheiro”.
Percorreu
o interior do Nordeste construindo ou reformando igrejas e cemitérios. Apareceu
na Bahia em 1874, porém em 1876 é preso, levado para o Ceará, por acusações
infundadas. Provada a sua inocência é encontrado na Missão de Rodelas em 1877,
quando os chorrochoenses mandam procurá-lo para construção da Igreja. Concluída
a obra em forma de mutirão em 1885, mandou vir de Portugal a Imagem de Senhor
do Bonfim, que se encontra no altar-mor para a nossa devoção.
Celebrizou-se
na Guerra de Canudos de 1896 a 1897. Foi encontrado morto na sacristia da igreja
em 22 de setembro de 1897.
MONSENHOR
ELPIDIO FERREIRA TAPIRANGA.
Nasceu
na cidade de Cachoeira - BA, em 1863. Ordenado padre, assumiu a Paróquia de
Juazeiro, sendo transferido para Chorrochó, onde benzeu e celebrou a primeira
Missa na Igreja do Senhor do Bonfim, em 1886.
Idealizou
o Novenário do nosso padroeiro, juntamente aos filhos do professor Evaristo
Cardoso Varjão Patte: Glicério Cardoso Varjão, Francisco Arnobio Cardoso Varjão
e João Mattos Cardoso Varjão, que atribuíram músicas às jaculatórias do livro
Escudo Admirável, editado na Cidade do Porto, em Portugal. Ainda hoje o Hino
Oficial do Senhor do Bonfim é cantado tal como nos primórdios do seu novenário.
PADRE
MANOEL FELIX DE MOURA.
Natural
de Milagres no Ceará, ordenado em 1875, no Seminário São Jose do Crato.
Permaneceu ali como professor, vindo depois trabalhar no Sertão Pernambucano na
Bahia, mas precisamente como vigário paroquial do Município de Curaçá, entre os
anos de 1903 a 1912. Marcou sua passagem neste sertão nordestino, através de
sua obras materiais e espirituais, nunca lhe faltando recursos para a
realização dos seus trabalhos, mobilizando fazendeiros, que se sentiam
responsáveis pela execução dos serviços a cada um deles confiado.
Trouxe-nos a ideia de hastear
bandeirinhas brancas nos terreiros da zona rural, simbolizando a fé e a paz,
tão carentes no nosso meio.
Percorria
o sertão montado a cavalo, por estradas quase inacessíveis, num ambiente
inóspito e inseguro, sem medo de enfrentar as adversidades, a fim de difundir a
religião católica.
Em
1912 foi para Salvador vindo a falecer naquele ano.
PROFESSORA
ANTONINA GOMES.
Aos
professores da época, além de serem ministrados os três elementos básicos da
educação: ler, escrever e contar, também deveriam se preocupar com a formação
religiosa de cada aluno. Assim a professora Antonina, vindo da Capital do
Estado procurou alem de ministrar o ensino elementar acrescentar uma educação
mais ampla, preocupada com a formação moral e intelectual, reproduzindo nos
seus alunos o pensamento religioso.
Ao
se interagir com os organizadores de festas religiosas, levou seus alunos à
participação nesses eventos. Retornou para Salvador em 1918.
JOAO
ALVES DOS SANTOS.
Pernambucano
de Terra Nova, onde nasceu no ano de 1886. Veio para Chorrochó ainda moço, se
estabelecendo no comércio de tecidos, mas notabilizou-se nas atividades
religiosas, organizando festas dos santos da devoção dos fieis chorrochoenses.
Através
de doações, ofertas, construiu varias obras em nossa comunidade, todas
elas enaltecendo os princípios cristãos do nosso catolicismo.
Um
dos fundadores do Apostolado da Oração em 15 de agosto de 1915, pelo Padre
Paschoal dos Santos Valle, sendo seu 1° Presidente.
Faleceu
em 1942, aqui mesmo em Chorrochó, onde está sepultado.
PROFESSORA
JOSEFA ALVENTINA DE MENEZES.
Nasceu
em 31 de maio de 1893, numa fazenda aqui da região, de propriedade de seus
familiares maternos. Em 1919 substituiu a professora Antonina Gomes,
permanecendo no cargo ate 1959, quando se aposentou.
Seu
dinamismo, sua vontade firme, sua coragem, seu amor aos princípios morais e
cristãos, colocaram-na frente às atividades religiosas, desde o tempo em que
era aluna da professora Antonina.
João
Alves dos Santos, na presença dos padres Dionísio e João, entregou-lhe
oficialmente as responsabilidades que antes eram a ele atribuídas, porque os
padres só aqui vinham em desobrigas.
Tornou-se
zeladora do Apostolado da Oração em 22 de janeiro de 1922. Foi a primeira
presidenta da Pia União das Filhas de Maria, fundada pelo Padre Manoel
Oliveira.
Faleceu
no dia 10 de novembro de 1987, dizendo-nos: “vou cantar as glorias de Senhor do
Bonfim de Chorrochó”.
PADRE
ULISSES MÔNACO DA CONCEIÇÃO, S.J.
Nasceu
em Conceição do Almeida - BA, em 9 de setembro de 1914 e recebeu o Sacramento
da Ordem em São Leopoldo - RS em 8 de dezembro de 1946.
Exerceu
o ministério sacerdotal alguns anos na Região Norte. Porem a maior parte do
tempo esteve em Salvador, como professor do Colégio Antonio Vieira.
Paralelamente
à suas atividades docentes, desde o ano de 1956 esteve em Chorrochó exercendo o
sacerdócio, pois naquele tempo tínhamos somente as visitas dos padres de
Euclides da Cunha em desobriga, duas vezes por ano.
Abnegado
protetor dos pobres, até seus parcos proventos do Colégio Antonio Vieira eram
repartidos com os carentes da nossa comunidade. Alem da evangelização do nosso
povo, também a instrução dos jovens era sua preocupação.
Voltou
para Deus repentinamente, na manhã de 26 de janeiro de 1986, quando toda
Chorrochó jubilosamente celebrava o encerramento da Festa do Senhor do Bonfim.
PADRE
MARIANO PIETRO BRENTAN.
Nasceu
na Itália a 6 de Junho de 1938, e sua ordenação sacerdotal se deu a 8 de
dezembro de 1985 em Euclides da Cunha, aqui na Bahia.
Foi
nomeado pároco da Freguesia de Senhor do Bonfim de Chorrochó a 6 de abril de
1986, pelo Bispo da Diocese de Paulo Afonso, Dom Aloysio Jose Leal Penna, S. J.
em substituição ao Padre Ulisses Conceição, S.J. falecido a 26 de janeiro desse
ano.
Realizou
um grande trabalho de evangelização em nossa paróquia: organizou comunidades
rurais, construiu capelas, para que as pessoas tenham onde realizar as
atividades sociais e religiosas.
Mesmo
não estando dirigindo a nossa Paróquia sempre vem a nossa cidade em momentos
oportunos, demonstrando seu amor, o apego a este povo, seus paroquianos que ele
conduziu dignamente por mais de 10 anos.
Pesquisadora.
Thereza
Helena Cordeiro de Menezes
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