Ainda que
timidamente, a banda larga de alta velocidade começa a aparecer nas grande
cidades do Brasil. Em uma reportagem recente, mostramos os três pacotes mais
rápidos oferecidos no país. Três empresas disponibilizam a chamada internet
“ultrarrápida”, que pode chegar a 500 megabits por segundo de velocidade.
Antes de comentar novamente o preço desses
serviços, vale um alerta muito importante. Mesmo que você pague o alto valor
que esses planos pedem, pode ser que eles não acabem totalmente com a lentidão
na hora de acessar sites específicos. Veja por que:
Distância
O primeiro fator que pode influenciar na velocidade
de um serviço de banda larga é a distância entre o usuário e o conteúdo acessado.
Isso se explica pelo simples fato de a internet funcionar através de protocolos
com uma “garantia de entrega”.
E se você, por exemplo, acessar um conteúdo que
estiver em um servidor do outro lado do mundo, a distância provavelmente vai
tornar essa comunicação mais lenta.
Cientes da limitação, alguns sites, em vez de usar
um canal único para se comunicar com o internauta, utilizam vários canais
simultaneamente. Mais do que isso, grandes provedores de conteúdo e serviços
online também já trouxeram seus arquivos para servidores aqui no Brasil através
de redes compartilhadas. As CDN’s funcionam como uma espécie de GPS e mostram o
melhor caminho para as informações chegarem mais rápido até o usuário.
O backbone da operadora
A segunda razão pela qual uma internet superrápida
pode ficar lenta é a própria infraestrutura e capacidade da operadora que
oferece o serviço. Pense numa malha de trilhos de trem: uma rede é composta de
vários circuitos nos quais os trechos de comunicação vão se interligando uns
aos outros.
Quando o usuário contrata seu serviço de banda
larga, a capacidade adquirida se refere sempre à rede da operadora.
Isso acontece porque as operadoras preparam suas
infraestruturas a partir de um modelo estatístico, levando em conta que cada
grupo de clientes se conecta à rede em horários distintos. Em situações de
pico, nos quais muita gente se conecta ao mesmo tempo, o que normalmente
acontece é uma queda momentânea da velocidade de conexão – seja qual for a
velocidade da banda larga contratada.
Limitações do servidor
O terceiro gargalo que limita a velocidade de
conexão está relacionado ao próprio servidor de conteúdo.
Ou seja, se a sua velocidade de internet contratada
for maior do que o limite do servidor, a conexão será estrangulada e ficará
mais lenta. Interessante é que, além de trazer seus conteúdos para o Brasil, os
grandes players da internet como Google e Facebook - para citar dois exemplos -
já trabalham com servidores especiais para garantir o acesso em velocidade
acima dos 100 megabits por segundo.
Tendo em vista todas essas limitações, será que
vale a pena contratar um serviço de internet ultra rápida?! Ainda que os
gargalos existam, a primeira vantagem é o fato de poder aproveitar vários
serviços de conexões ou downloads simultaneamente. Tem também, é claro, a
questão do preço. Ainda custa caro e a fibra óptica, necessária para serviços
desse porte, ainda chega a pouquíssimos lugares no país.
Nossa sugestão é que você avalie e faça uma relação
custo benefício. Preste atenção em quantos equipamentos você conecta ao mesmo
tempo. Faça as contas. Aliás, no olhardigital.com.br, junto ao texto desta
matéria, você encontra um link de outra reportagem que testamos e avaliamos o
desempenho (e até preços) dos três serviços mais rápidos disponíveis para
usuários domésticos e corporativos. Um item para nunca ser esquecido: o seu
roteador. De nada adianta ter uma banda larga super rápida, se o seu roteador
não dá conta. Acesse, confira e compartilhe suas opiniões.
Fonte: Olhar Digital/CLIC SERGIPE
Foto: Reprodução/Olhar Digital
Foto: Reprodução/Olhar Digital
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