Integrantes da cúpula
petista começam a fazer um meia culpa com a escolha de alguns candidatos nas
disputas estaduais, especialmente em São Paulo, com Alexandre Padilha, e Rui
Costa, na Bahia.
O maior arrependimento
é com Padilha, que tem apresentado um desempenho sofrível na disputa pelo
Palácio dos Bandeirantes. De forma reservada, há o reconhecimento de dirigentes
do PT de que foi um equívoco a decisão do ex-presidente Lula de lançar Padilha,
um desconhecido, no estado com o maior colégio eleitoral do país.
“Não dá para lançar um
nome novo numa eleição com forte potencial de risco. Mais do que São Paulo, o
que está em jogo desta vez é a eleição nacional. Lula tem grande intuição. Foi
assim com Dilma, em 2010, e Fernando Haddad, em 2012. Mas dessa vez, foi um
erro”, reconheceu um integrante da Executiva Nacional do PT.
Muitos dirigentes
ouvidos pelo Blog avaliam que o partido deveria ter lançado o
ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que já largaria com um patamar
elevado nas pesquisas, ou mesmo o ministro José Eduardo Cardozo, apesar das
restrições pessoais de Lula ao nome do titular da Justiça.
Na Bahia, aconteceu um
movimento semelhante. O governador baiano Jaques Wagner (PT) decidiu bancar a
candidatura de Rui Costa, que também é desconhecido pela população. Dirigentes
petistas reconhecem que o melhor nome era o do senador Walter Pinheiro (PT-BA),
que já disputou eleição majoritária e tinha uma melhor avaliação.
A direção nacional
ficou em alerta depois que pesquisa Ibope mostrou Rui Costa em terceiro lugar
na disputa. O temor é que um fraco desempenho do PT na Bahia possa afetar a
votação de Dilma no quarto maior colégio eleitoral do país. O tucano Aécio
Neves é apoiado no estado pelo ex-governador Paulo Souto (DEM), que lidera as
pesquisas na Bahia. Em vários discursos, Jaques Wagner tem afirmado que Dilma
vai repetir no estado a melhor votação proporcional do país.
Fonte:G1
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