Em até 14 dos 27
estados, a eleição para governador pode ser decidida no primeiro turno, segundo
as últimas pesquisas Ibope e Datafolha. O PMDB lidera essa lista, com a
possibilidade de eleger, ainda no primeiro turno, cinco governadores – em
Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Sergipe e Tocantins. Em segundo lugar, vem o
PSDB, que pode eleger três governadores no primeiro turno – Paraná, São Paulo e
Paraíba. O PT vem em terceiro, com a perspectiva de eleger no primeiro turno os
governadores de Minas Gerais e Piauí. Com um governador cada estão PSD (Santa
Catarina), PDT (Mato Grosso), PCdoB (Maranhão) e DEM (Bahia).
Além dos cinco estados
em que pode fazer o governador já no próximo domingo, o PMDB lidera ou pode
disputar o segundo turno ainda em outros oito estados: Ceará, Goiás, Maranhão,
Paraná, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rondônia. Tecnicamente, o
partido disputa a eleição com chances em 13 estados. O PT vem em segundo lugar,
com oito estados. Sem contar os candidatos em Minas e Piauí, o partido lidera
ainda a disputa ou poderá estar no segundo turno no Acre, Bahia, Ceará, Mato
Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Roraima. O PSDB, que já pode eleger três
governadores no primeiro turno, lidera ou pode disputar o segundo turno ainda
em Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, num total de sete estados em
disputa.
A maioria dos
candidatos concorre à reeleição ou deseja retornar aos cargos que já ocuparam
no passado.
— Apesar de o eleitor desejar
mudanças e renovação na política, nos estados esse sentimento é difuso. Não há
novidade entre os postulantes aos governos estaduais. Muito provavelmente por
falta de candidatos que representem o novo. A maioria dos que disputam a
eleição em condições de vencer já está na política há algum tempo — disse
Márcia Cavalari, diretora-geral do Ibope.
No Sul, dois
governadores podem ser reeleitos no primeiro turno: Raimundo Colombo (PSD), em
Santa Catarina, e Beto Richa (PSDB), no Paraná. O tucano ainda pode ter que
disputar o segundo turno contra o senador Roberto Requião (PMDB). No Rio Grande
do Sul, haverá segundo turno entre a senadora Ana Amélia (PP) e o governador
Tarso Genro (PT), candidato à reeleição. Os dois estão empatados, segundo a
última pesquisa Datafolha.
No Sudeste, o
governador Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, deve ser reeleito no primeiro
turno. No Rio, o segundo turno deve ser entre o governador Luiz Fernando Pezão
(PMDB) e o ex- governador Anthony Garotinho (PR).
— Em Minas Gerais, o
ex-ministro Fernando Pimentel (PT) deve ser eleito no primeiro turno. No
Espirito Santo, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) também pode ser eleito no
primeiro turno. Se disputar o segundo turno, será contra o governador Renato
Casagrande (PSB), candidato à reeleição — diz a diretora do Ibope.
No Nordeste, uma das
disputas mais apertadas acontece em Pernambuco. Paulo Câmara (PSB), candidato
da família de Eduardo Campos, disputa com Armando Monteiro (PTB). Na Bahia, o
ex-governador Paulo Souto (DEM) deve ser eleito no primeiro turno, mas, se
houver segundo turno, a disputa será contra Rui Costa (PT). Em Alagoas, deve
ser eleito no primeiro turno o deputado Renan Filho (PMDB), filho do presidente
do Senado. Em Sergipe, pode ser eleito no primeiro turno o governador Jackson
Barreto (PMDB), candidato à reeleição. Se ele não se reeleger no primeiro
turno, pode ter que disputar o segundo turno contra Eduardo Amorim (PSC).
DERROTA PETISTA NOS
MAIORES COLÉGIOS
O presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB), deve disputar o segundo turno no Rio Grande do
Norte contra Robinson Faria (PSD), apoiado pelo PT de Dilma. No Ceará, o
deputado Eunício Oliveira (PMDB) pode ser eleito no primeiro turno ou disputar
o segundo contra Camilo Santana (PT), que vem crescendo muito nos últimos dias.
No Maranhão, o mais cotado é Flávio Dino (PCdoB), que pode ser eleito no
primeiro turno. Se disputar o segundo turno, será contra Lobão Filho (PMDB),
filho do ministro das Minas e Energia.
No Norte, o ex-governador
Eduardo Braga (PMDB) deve ser eleito no primeiro turno. No Pará, o governador
Simão Jatene (PSDB), candidato à reeleição, lidera a disputa contra Hélder
Barbalho (PMDB), filho do ex-governador Jáder Barbalho. Pode dar Jatene no
primeiro ou um segundo turno entre os dois. No Amapá, deve haver segundo turno
entre o ex-governador Waldez Goes (PDT) e Lucas Barreto (PSD) ou o governador
Camilo Capiberibe (PSB), candidato à reeleição.
Em Goiás, apesar da
vantagem do governador Marconi Perillo (PSDB), candidato à reeleição, ele pode
ter que disputar o segundo turno contra o ex-governador Iris Rezende (PMDB). No
Distrito Federal, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) deverá disputar o segundo
turno contra Jofran Frejat (PR), deixando para trás o governador Agnello
Queiroz (PT), candidato à reeleição, que está em terceiro.
— O PMDB deve ser o
grande vitorioso desta eleição, fazendo um grande número de governadores,
porque é o partido que está organizado em todos os 5.750 municípios, enraizado
na política nacional. Com isso, ele gera recursos para investir nas eleições
estaduais — comentou o cientista político Rubens Figueiredo, da USP.
Apesar de as pesquisas
indicarem que Dilma Rousseff vai para o segundo turno, o Ibope aponta
dificuldades do PT nos maiores colégios eleitorais, onde o eleitor é mais
escolarizado e de maior renda, sobretudo no Sul e no Sudeste. A sigla deve
eleger governador no primeiro turno apenas em Minas Gerais. Em São Paulo, Rio e
Paraná, os candidatos do PT estão mal. Em São Paulo, Alexandre Padilha não está
passando de 10%. No Paraná, a ex-ministra Gleisi Hoffmann está em terceiro e,
no Rio, o candidato do PT, Lindbergh Farias, está em quarto.
Fonte: O Globo
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